Por Redação O Sul | 8 de março de 2025
Na última semana, a cantora americana Dolly Parton usou as redes sociais para compartilhar com seus seguidores uma das notícias mais tristes de sua vida: Carl Dean, seu marido e o homem com quem ela dividiu sua vida nas últimas seis décadas, morreu aos 82 anos. Na quinta-feira (6), após dias de silêncio, a famosa artista dedicou uma nova música e um texto sincero ao seu grande amor.
Em sua conta no Instagram, a cantora, atriz, compositora e empresária escreveu: “Eu me apaixonei por Carl Dean quando tinha 18 anos. Passamos 60 anos preciosos e significativos juntos. Como todas as grandes histórias de amor, elas nunca terminam. Elas vivem em memórias e em canções. Ele sempre será a estrela da minha história de vida e dedico esta música ‘If you hadn’t been there’ a ele.”
A nova música, que a diva também lançou em seu canal do YouTube na sexta-feira (7), expressa: “Se você não tivesse estado lá… Onde eu estaria? Sem sua confiança, amor e compreensão… Sempre compartilhamos os altos e baixos, e eu não estaria aqui se você não estivesse lá.”
Em outro verso da música, Parton expressa: “Você sempre vê o melhor em mim. Seus braços amorosos me embalaram, você me manteve junto, e eu não acho que eu estaria aqui se você não estivesse lá, segurando minha mão, me mostrando que você se importa. Você me fez sonhar mais do que ousei.”
“Tu és a minha rocha; um lugar macio para pousar. Minhas asas, minha confiança”, continua a letra da música, que em questão de horas foi vista e ouvida, só no YouTube, por mais de 130 mil pessoas. E ela conclui: “Eu não estaria aqui se você não estivesse lá, me empurrando. Quando eu estava com medo, encontrei Deus e você. Por causa do seu cuidado amoroso e por me dar muito amor, você me fez subir e subir as escadas. Eu não estaria aqui se você não estivesse lá.”
A grande história de amor de Parton e Dean nasceu nas sombras. De mundos totalmente opostos (ela era fascinada pelo glamour, brilho e luzes de Hollywood, enquanto ele era um cara simples e discreto que evitava os holofotes da mídia), os pombinhos se conheceram por acaso e se apaixonaram perdidamente.
E embora a história de amor deles sempre tenha sido considerada uma das mais românticas do mundo, a verdade é que no início o relacionamento não foi fácil: o casal teve que se esconder por muito tempo e até se casar em segredo devido a certas cláusulas da gravadora que administrava a carreira da cantora naquela época.
Nascida em 19 de janeiro de 1946 em Sevierville, Tennessee, Dolly Rebecca Parton terminou o ensino médio e se mudou para Nashville para realizar seu sonho de se tornar uma estrela da música country. O encontro aconteceu por puro acaso, do lado de fora da lavanderia Wishy Washy.
“Vim para Nashville com roupas sujas, estava com muita pressa de chegar aqui. Depois de colocar minhas roupas na máquina, comecei a andar pela rua e um cara gritou comigo da caminhonete dele. Eu acenei. Por ser do interior, ele conversava com todo mundo”, relembra, rindo, a compositora de “Jolene”, sobre o dia em que conheceu o marido.
A paixão foi tão forte que Parton admite ter sentido uma conexão instantânea desde o primeiro momento. “Fiquei surpresa e encantada que enquanto ele falava comigo, ele estava olhando para o meu rosto, algo raro para mim. Ele parecia genuinamente interessado em descobrir quem eu era e o que eu fazia”, ela disse sobre o que mais a atraiu nesse homem misterioso.
E embora a história tenha começado de uma forma um tanto estranha, a jovem que acabava de chegar da cidade não quis perder a oportunidade de vivenciá-la.
“Não é sempre que alguém pode dizer que sua vida mudou para sempre por causa de um lugar chamado Wishy Washy. Eu tinha acabado de me formar no ensino médio, tinha deixado dois namorados em casa e não tinha intenção de encontrar outro. Eu só queria trabalhar na minha música. Eu não queria que nenhum garoto, nenhum homem ou qualquer pessoa me desencaminhasse”, disse.
Certa vez, Carl Dean se recordou: “Meu primeiro pensamento foi: ‘Vou me casar com aquela garota.’” O segundo foi: ‘Nossa, ela é bonita!’ E esse foi o dia em que minha vida começou. Eu não trocaria os últimos 50 anos por nada neste mundo.” Mas só depois de visitá-la todos os dias durante uma semana é que o pretendente a convidou para um primeiro encontro oficial. “Ele queria me levar para jantar. Ele parou na janela do drive-in e comprou comida para nós no McDonald’s”, revelou a atriz com uma pitada de nostalgia, em 2018.
