O País entra na semana decisiva. Não por acaso a última de agosto, mês que, ao longo do tempo, registra acontecimentos políticos traumáticos.
É do final de agosto de 2005, uma carta da executiva nacional do PT em que pede desculpas à nação a propósito do mensalão. Um trecho:
“Os atos que nos comprometem, moral e politicamente perante os brasileiros, foram cometidos por dirigentes do PT sem conhecimento de suas instâncias. (…) Tais atos criaram uma situação de constrangimento para o PT e para o nosso governo. (…) Reconhecemos a exigência de promover o fim de relacionamentos informais – por isso não transparentes – entre governo e partido, que só favorecem a manipulação das instâncias partidárias por dirigentes com mais acesso ao poder. (…) A Executiva Nacional orienta todos os seus diretórios municipais para que promovam debates e manifestações em defesa do PT, contra a corrupção e a impunidade.”
VOLTA AO COMEÇO
Passados 11 anos, o PT não corrigiu os erros que tinha apontado e agravou com os episódios do petrolão. O processo do impeachment fará o PT voltar à oposição, onde começou e demonstrou seus melhores talentos.
BOLSOS BLINDADOS
Operação Prevenção para evitar incômodos: a maioria das empresas gaúchas pediu a seus executivos que não façam doações como pessoas físicas a partidos e candidatos.
SOLUÇÃO
Os que concorrem a vereador se beneficiam com a mudança na forma da propaganda eleitoral. Até 2014, entravam no espaço após os candidatos à majoritária. Era uma sequência enfadonha, fazendo com que a TV fosse desligada. Agora, com as inserções diluídas, surgem a qualquer momento, ao longo do dia, e podem despertar a atenção.
PODER DE FISCALIZAR
Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça, amanhã, será escolhido o relator do projeto que dá à Assembleia Legislativa o poder de fiscalizar as ações administrativas e financeiras do Tribunal de Contas do Estado. O autor do projeto é o deputado Pedro Pereira.
RAPIDEZ
O consultor canadense Barry Siskind costuma dizer que os 10 segundos iniciais de qualquer fala são fundamentais para deixar a impressão correta no cliente ou no eleitor. É o que os marqueteiros perseguem durante as campanhas.
BATE BOCA
A 29 de agosto de 2006, o presidente Lula declarou que “os oposicionistas generalizaram a corrupção no País.” Fernando Henrique Cardoso respondeu, dizendo que “Lula deveria se olhar mais no espelho e pedir perdão a Deus.” Foi adiante: “O Congresso agiu de modo criminoso ao absolver mensaleiros e lugar de ladrão é na cadeia.”
RÁPIDAS
* É longa a lista de padrinhos com candidatos a cargos do governo federal no Rio Grande do Sul. Dará ranger de dentes.
* A vinda da Força Nacional a Porto Alegre ganha espaços na Imprensa do Centro do País.
* A reforma não vai parar: o próximo passo será o fim das coligações nas eleições de vereadores, deputados estaduais e federais.
* Saudades do Parlamentarismo que nunca tivemos.