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Mundo A China começou a frear as importações do Brasil

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Dados do IBGE fazem parte do Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha. (Foto: Reprodução)

Por agregadores e jornais como The New York Times, a Reuters despachou a notícia “exclusiva” de que a “China não aprovou nenhum novo frigorífico brasileiro” no primeiro trimestre.

Em Brasília, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura acredita que é “por causa da pandemia” e assegura que “ainda há boa vontade dos dois lados”.

A notícia vem duas semanas após Eduardo, filho de Jair Bolsonaro, tuitar que “a culpa [pela pandemia] é da China”, causando um confronto diplomático.

O único registro que foi possível encontrar desde a sexta, nos agregadores e jornais chineses, saiu na plataforma de mídia 36Kr, de Pequim.

Por outro lado, portais como Baijiahao, do Baidu, vêm publicando como o “Brasil de repente mudou o discurso e impôs tarifas adicionais por cinco anos a produtos chineses” como louças de mesa e pneus de moto.

Importação de equipamentos

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que compras feitas pelo Brasil de equipamentos de proteção individual, como máscaras e gorros, da China “caíram” após os Estados Unidos adquirirem um grande volume de produtos. Segundo Mandetta, a mesma corrida por respiradores tem ocorrido. Ele disse que “demos um passo atrás” na aquisição desses itens fundamentais ao enfrentamento ao Covid-19.

“Hoje os Estados Unidos mandaram 23 aviões cargueiros dos maiores para a China, para levar o material que eles adquiriram. As nossas compras, que tínhamos expectativa de concretizar para poder fazer o abastecimento, muitas caíram.”

Mandetta disse que, no caso de respiradores, importantes para pacientes graves, fornecedores que já tinham sido contratados, mas disseram que não tinham mais estoque para atender.

“Nós estávamos comprados, tínhamos, quando começamos a pedir. Entregaram a primeira parte. Na segunda parte, mesmo com eles contratados, assinados, com o dinheiro para pagar, quem ganhou falou: não tenho mais os respiradores, não consigo te entregar. Então, nós voltamos de algo que a gente achava que a gente já tinha, demos um passo para trás.”

Mandetta voltou a falar que será preciso normatizar o uso de máscaras N95, considerada mais moderna para filtrar o ar. Segundo ele, o equipamento terá o nome de cada profissional de saúde e será esterilizada para ser usada por diversas vezes.

“A gente espera que a China volte a ter uma produção mais organizada, e a gente espera que os países que exercem o seu poder muito forte de compra já tenham saciado das suas necessidades para que o Brasil possa entrar e comprar a parte para proteger nosso povo.”

Mandetta afirmou que o problema atual é de “sistema” e a aquisição só estará concretizada quando o produto estiver “na mão”. Ele deu exemplo de uma compra recente de 8 mil respiradores, mas que não pode ser contabilizada porque há riscos de não ser entregue no atual cenário. O ministro disse que há um estoque “enxuto”, mas não deu números nem estimou até quando ele é suficiente:

“Eu só acredito na hora que estiver dentro do meu país, na minha mão. Eu tenho um contrato, um documento, um dinheiro para comprar. Às vezes o colapso é: você tem o dinheiro, e não tem o produto. Não adianta ter o dinheiro”, afirmou Mandetta.

“Você pode ter o PIB do país e dizer: eu quero comprar. A fábrica não consegue te atender. O mundo inteiro também quer. Temos um problema hoje de demanda hiper aquecida sobre são os itens-chave.”

Mandetta reclamou de quebras de contrato, por causa de fornecedores que estão deixando de entregar para ganhar mais, no cenário de alta demanda:

“Está havendo uma quebra entre o que você compra, assina e o que efetivamente você recebe. E isso está acontecendo porque, às vezes, chegam pessoas que falam pra quem vende: ‘Você vendeu por quanto? Vendeu por 10. E a multa? A multa é de 20%. Então eu te pago a multa, te pago os 10% e te pago mais tanto para você vender para mim’.”

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https://www.osul.com.br/a-china-comecou-a-frear-as-importacoes-do-brasil/ A China começou a frear as importações do Brasil 2020-04-01
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