Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2020
A China lançou, com sucesso, um novo foguete uma nova nave nesta terça-feira (05). O episódio representa um importante passo no projeto para levar tripulações para a futura estação espacial chinesa e também para a Lua.
Em seu primeiro voo, o foguete “Longa Marcha 5B” decolou da base de Wenchang, na ilha de Hainan — no Sul do país — levando uma nova nave, sem tripulação, segundo informou a Xinhua, agência de notícias do governo chinês.
“Este voo é um passo importante (do programa espacial chinês)”, disse Chen Lan, analista independente de um site especializado em questões espaciais da China.
Desde 1999, a China já lançou várias naves Shenzu, construídas com base no modelo Soyuz, uma nave espacial soviética. O novo modelo chinês é considerado mais seguro e mais resistente ao calor para a reentrada na atmosfera. Também é maior, com quase nove metros, e mais pesado — 21,6 toneladas.
Palácio Celestial
“Tudo depende das ambições do programa espacial chinês, mas missões além da Lua serão possíveis”, disse Carter Palmer, especialista em assuntos espaciais da empresa americana Forecast International.
Dois fatores são necessários para ir a uma distância maior no espaço: velocidade muito rápida para se afastar das forças gravitacionais e uma proteção melhor contra temperaturas extremas. A atual missão irá testar, entre outras coisas, essas características.
A futura estação espacial chinesa, chamada Tiangong (“Palácio Celestial”, em mandarim), terá três áreas: um módulo principal de quase 17 metros de comprimento, onde a tripulação irá morar, e dois módulos anexos para experimentos científicos. Sua montagem no espaço deve começar este ano, graças ao novo foguete Longa Marcha 5B, que pode enviar cargas de 22 toneladas, e terminará em 2022.
O sucesso no lançamento do foguete tranquiliza os responsáveis pelo programa espacial chinês. Em 2020, já aconteceram duas falhas: no lançamento de um satélite indonésio, em abril, e de um foguete, em março.
A China investe bilhões de dólares em seu programa espacial. No início de 2019, tornou-se a primeira nação a lançar uma sonda no lado oculto da Lua com sucesso.