A morte de uma mulher de 67 anos colocou Cachoeirinha (Região Metropolitana de Porto Alegre) no mapa de perdas humanas para o coronavírus do Rio Grande do Sul, que já totaliza 292 casos fatais da doença. Segundo a SES (Secretaria Estadual da Saúde), ela estava internada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e pertencia as grupos de risco, pois era idosa e passava por tratamento de câncer.
Por meio de mensagem nas redes sociais nesta segunda-feira (8), o prefeito Miki Breier manifestou pesar. “É com pesar que informamos o primeiro óbito pela Covid-19. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, escreveu em sua conta no Twitter.
Com pelo menos 139 diagnósticos positivos da doença na estatística estadual (147 na contagem municipal), a cidade ocupa o décimo-oitavo lugar no ranking do governo gaúcho, que soma 12.250 notificações desde a chegada oficial da pandemia ao Estado, na primeira quinzena de março. Até agora, 329 (66%) dos 497 municípios gaúchos já registraram ao menos uma ocorrência.
O mais recente boletim epidemiológico da SES acrescentou, ao todo, cinco novos óbitos associados ao coronavírus, todos envolvendo idosos. Além da mulher de Cachoeirinha, as vítimas são as seguintes, por ordem etária decrescente: uma mulher de Porto Alegre (80 anos), um homem de Caxias do Sul (79 anos), uma mulher de Vacaria (77 anos), outra de Carlos Barbosa (75 anos) e um homem de São Gabriel (62 anos).
De modo geral no que se refere às mortes gaúchas por Covid-19, Porto Alegre se mantém no topo do ranking, com 45 perdas, seguida por Passo Fundo (Região Norte), com 35. Em terceiro lugar aparecem Lajeado (Vale do Taquari) e Bento Gonçalves (Serra), cada qual com 19 óbitos. Na quarta colocação consta Sapucaia do Sul (Região Metropolitana), com nove desfechos fatais. Já o quinto lugar é compartilhado por Venâncio Aires (Vale do Rio Padro), Canoas e Viamão (ambas na Região Metropolitana), com sete óbitos cada.
Repasses
Também nesta segunda-feira, a Secretaria Estadual da Saúde repassou R$ 74,6 milhões a hospitais, clínicas e laboratórios do Rio Grande do Sul, em um total de mais de 200 prestadores de serviços de média e alta complexidade a pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
“Foi uma tramitação ágil para que pudéssemos garantir o atendimento e dar fôlego o mais rápido possível a essas instituições de saúde nesse momento tão necessário”, ressaltou o governador Eduardo Leite, durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Na última semana, a SES concluiu a assinatura digital dos convênios e o repasse das verbas referentes à primeira parcela dos recursos emergenciais a 38 dos 60 hospitais filantrópicos beneficiados, no valor de R$ 14,3 milhões.
“Continuamos com a missão de fazermos pagamentos com regularidade, algo com que a gestão se compromete desde o início do governo”, salientou a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann.
Os outros 22 convênios ainda estão em tramitação para que sejam liberados R$ 8,5 milhões restantes. Esses recursos são provenientes do Ministério da Saúde e definidos pela Lei 13.995/2020, além da portaria federal MS 1.393.
(Marcello Campos)