Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
27°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Colunistas A ciência e os médicos na pandemia

Compartilhe esta notícia:

Ficando em casa, com todos os cuidados, há grande chance de escapar da infecção. Mas quem pode ficar em casa?

Foto: Reprodução
Ficando em casa, com todos os cuidados, há grande chance de escapar da infecção. Mas quem pode ficar em casa? (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O isolamento social, a higiene compulsiva das mãos, as máscaras: eis os “remédios” possíveis contra a covid-19. Não existe tratamento de comprovada segurança e eficácia, e a vacina ainda deve demorar meses para estar disponível. Estamos diante de um flagelo: nada teve tão grande impacto nem tão graves consequências para a vida da humanidade.

Ficando em casa, com todos os cuidados, há grande chance de escapar da infecção. Mas quem pode ficar em casa? Os ricos podem ficar em casa. Podem também os servidores públicos (à exceção das áreas de saúde e segurança) de todas as instâncias e poderes. Estes e certas categorias de pensionistas e aposentados estão protegidos, podem se dar ao luxo de permanecer meses a fio em resguardo. Os demais não têm alternativa: têm de sair para ganhar a vida.

Parece certo, então, ir abrindo as atividades econômicas aos poucos, calibrando, tornando a fechar onde as estatísticas se agravam. Na situação em que estamos, é preciso correr alguns riscos calculados, porque a simples paralisia, a teoria única do isolamento social, pode gerar – já está gerando – consequências que podem se tornar ainda mais calamitosas.

Na emergência, é um dever imperativo fazer todos os esforços e tentativas para reduzir o número de internações hospitalares, o tempo de permanência no hospital e o uso de UTIs.

Isto nada tem a ver com tratamento preventivo. Se você não sente nada, dê graças a Deus e não faça nada, que não seja o isolamento (tanto quanto possível), a higienização das mãos e o uso da máscara.

Mas é normal e aceitável que logo aos primeiros sintomas, facilmente reconhecíveis, você procure assistência médica, e ajuste com o médico um tratamento precoce, dos tantos que estão em uso. Não precisa ser médico para saber de duas realidades inabaláveis: é melhor prevenir do que remediar; e toda doença, tratada no início, tem mais chance de cura.

Se você sente os sintomas iniciais da doença, discuta com o médico as alternativas. Se está convencido de que a cloroquina e a ivermectina fazem mal ou são inócuos, você tem o direito de rejeitá-las. Nenhum médico vai obrigá-lo.

Os médicos, a estas alturas, sabem muito bem que podem prescrever certos medicamentos, como antibióticos, anticoagulantes, anti-inflamatórios, corticoides. A hora certa de ingerir os medicamentos, a dose, o acompanhamento, podem perfeitamente – e eticamente – ser acordados na relação de médico e paciente.

Não são apenas a Organização Mundial de Saúde ou os epidemiologistas e infectologistas que se orientam pela verdade científica – que, por sinal, tem várias versões, tantas vezes contraditórias entre si. Os médicos que ficam ao pé da cama do doente do coronavírus, na escalada da dor, da febre e demais sintomas da doença, também fazem ciência.

Não há cura para a Covid-19, mas há alternativas provadas de reduzir os danos, de diminuir os óbitos. Ali, no chão do hospital, no embate dramático entre a vida e a morte, os médicos, as enfermeiras, com a experiência adquirida nestes meses de pandemia, com dedicação e coragem, têm salvo milhares de vidas.

titoguarniere@hotmail.com

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Colunistas

Notícias da TV
É o pobre, estúpido! É a lógica, estúpido!
https://www.osul.com.br/a-ciencia-e-os-medicos-na-pandemia/ A ciência e os médicos na pandemia 2020-08-22
Deixe seu comentário
Pode te interessar