Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de novembro de 2018
A colheita do trigo andou em ritmo forte nesta semana, atingindo 90% da área produtiva do estado, restando 10% das áreas com o trigo maduro e por colher, o que deve ocorrer até domingo (25). À medida que a colheita avançou, as produtividades e a qualidade do produto foram reduzindo. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, há grande variabilidade de produtividade entre as lavouras, variando entre 2,2 t/ha a 2,9 t/ha, dependendo da região. Poucas lavouras apresentaram peso do hectolitro superior a 78. Após as chuvas, a qualidade do produto ficou mais comprometida, com peso do hectolitro entre 71 e 76. Boas quantidades de trigo colhido foram comercializadas na forma de “triguilho”, sendo destinadas à fabricação de ração animal.
Também para os próximos dias deve ser concluída a colheita da cevada, restando apenas cerca de 10% da área, basicamente nas regiões Celeiro e Alto Jacuí. A produtividade está na média de 2.500 kg/ha, frustrando a expectativa dos produtores, que esperavam colher acima de 3 t/ha. Além da redução de rendimento, a qualidade também não atingiu o padrão desejado para a malteação, sendo grande parte classificada como forrageira. O preço referencial para cevada cervejeira é de R$ 40,00/saca de 60 quilos; para a forrageira, R$ 23,00/sc.
Culturas de verão
A área semeada com milho no estado chegou a 81% da projetada inicialmente (738 mil ha), estando 66% em desenvolvimento vegetativo, 9% em floração e 4% em enchimento de grão. Em boa parte dos municípios produtores, especialmente no Noroeste, já foi implantada a primeira safra. O padrão das lavouras é muito bom, boa área folhar, bom aspecto fitossanitário e alta densidade populacional de plantas. As lavouras com excelente desenvolvimento até o momento, demonstrando ótimo potencial produtivo.
O plantio da lavoura de soja no Estado se intensificou no último período, atingindo cerca de 48% de área estimada (5,9 milhões de hectares), beneficiado pelas condições meteorológicas da semana. Já são observadas lavouras do cedo com formação de bom estande de plantas. Nas regiões produtoras, 40% das lavouras implantadas estão em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Como houve problemas de germinação das sementes, foi necessário o replantio da soja, em uma percentagem muito pequena da área semeada, como consequência da grande intensidade de chuvas do final de outubro sobre as áreas recém-plantadas, prejudicadas em razão da crosta de terra, formada pelo acúmulo de água e também pela erosão laminar e tombamento de plântulas (damping off).
A cultura do arroz está nas fases de semeadura, germinação/emergência e desenvolvimento vegetativo. Com as condições meteorológicas ocorridas nesses últimos dias, houve aceleração do plantio, elevando o percentual para o estado para cerca de 90% da área de intenção de plantio, estando 87% da área em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Ainda no arroz, na zona sul, em Rio Grande, já foram semeados 91% da intenção de plantio; em Jaguarão, 89%; em Pelotas, 90% e Santa Vitória do Palmar está 100% semeados. Na Fronteira Oeste, em Uruguaiana, os orizicultores já encerraram o plantio dos 82 mil hectares estimados inicialmente. Já no Litoral Norte, nas Costeiras Lagunares e no Centro-Sul, a atividade de plantio já ultrapassa os 82% da área e deve ser concluído até o final de novembro.
As lavouras de feijão se encontram em sua maioria em estágios de desenvolvimento vegetativo (50%) e de floração (23%), apresentando ótimo stand a campo, sendo que 82% das áreas estimadas foram semeadas. Esse é o momento da aplicação de fungicidas e inseticidas para controle das principais doenças e pragas. O clima é favorável ao desenvolvimento da cultura.