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A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados convidou Manuela D’Ávila a dar explicações sobre contato com hacker

Eleição dá força a nova geração na esquerda. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo)

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (13) um convite à ex-deputada federal e ex-candidata à vice-presidente da República na chapa de Fernando Haddad (PT), Manuela D’Ávila para dar explicações sobre contato com hacker que confessou ter sido responsável pela invasão de celulares de autoridades.

O requerimento partiu do deputado federal Capitão Augusto (PR), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e foi protocolado na comissão no último dia 6.

“Tendo em vista que esse grupo de hackers é investigado justamente pelos graves crimes ocorridos, o envolvimento da referida senhora com esses indivíduos precisa ser esclarecido, para entender qual sua vinculação com os investigados e, eventualmente, com a ação ilícita de que são acusados”, diz o texto do documento.

Em depoimento à PF (Polícia Federal), o hacker Walter Delgatti Neto disse que a ex-parlamentar foi a intermediária que o colocou em contato com o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil. Desde junho, o Intercept e outros veículos publicam reportagens sobre mensagens trocadas entre procuradores da Operação Lava-Jato e outras autoridades, entre elas o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro.

O convite não teve resistência para ser aprovado e contou com apoio da oposição, que não vê problema no depoimento de Manuela.

Logo após o depoimento de Delgatti, em julho, Manuela se prontificou a ajudar nas investigações sobre as eventuais invasões em seu perfil do Telegram. Em férias no exterior, Manuela divulgou nota confirmando ter repassado o contato do jornalista e ter autorizado seus advogados a “entregarem cópias das mensagens” a investigadores da PF.

“Me coloco à inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial”, disse Manuela.

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