Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2018
A CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos) divulgou uma nota no fim da tarde desta segunda-feira (28) orientando os caminhoneiros que decidiram pela continuidade da greve, por entender que o acordo do governo não atende as reivindicações da categoria, a liberar a passagem de determinadas cargas “para que se mantenha a conquista consagrada do apoio da população” ao movimento. O texto é direcionado aos caminhoneiros de Curitiba (PR) e região, que fizeram assembleia nesta segunda-feira pela manhã. As informações são do jornal O Globo.
Entra as cargas que não podem ser prejudicadas, a entidade listou combustíveis, incluindo gás de cozinha, produtos destinados à merenda escolar, produtos e alimentos destinados à saúde pública e hospitais, leite e caminhões carregados com adesivo da Defesa Civil.
Segundo a nota, as orientações foram aprovadas pelo comitê de paralisação da entidade, formado por várias lideranças de caminhoneiros. No texto, a CNTA pede a “conscientização de todos os caminhoneiros para que avaliem com cuidado suas decisões sobre a continuidade ou não da paralisação”.
A CNTA está realizando assembleias com os caminhoneiros, para que eles decidam se querem encerrar a greve. Segundo a assessoria de imprensa, o presidente da entidade, Diumar Bueno, está apresentando os pontos do acordo fechado por lideranças do movimento com o governo, no domingo e ouvindo a categoria.
Os Estados do Sul e Sudeste registram maior número de paralisações, sendo que os bloqueios de estradas ainda persistem em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, segundo a CNTA.
Em nota, a entidade informou que recebeu as novas propostas do governo federal para acabar com a paralisação da categoria por intermédio da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). No texto, a CNTA informa que está em contato com os caminhoneiros e “aguarda a definição dos motoristas autônomos”.
No domingo, Diumar Bueno afirmou que os três pontos anunciados pelo governo federal atendem às reivindicações feitas pela categoria. Ele disse, porém, que não pode garantir que a paralisação vai terminar:
“O governo, basicamente, contempla propostas da categoria, que confiou à CNTA seu canal de comunicação com o governo”, disse Bueno. “[O fim das mobilizações] vai depender da base. Foi a categoria de forma independente que estabeleceu o movimento e tem a competência de avaliar as propostas do governo e entender se é hora de desmobilização ou não.”