A Copa do Mundo não só movimenta o sentimento das pessoas, das torcidas, mas também a economia. Em ano marcado pela busca do Brasil pelo hexa, o investidor também pode começar a apostar no título, ou melhor, nas ações que podem se valorizar com a competição.
Especialistas recomendaram as empresas que devem crescer no período.
O setor de consumo deve se beneficiar do evento esportivo, afirmam os analistas. Os encontros para assistir aos jogos costumam ser acompanhados de petiscos e bebidas, e podem despertar o interesse para a compra de uma TV, por exemplo. “A Copa atua como um fato gerador de consumo, estimulando a economias”, afirmam Régis Chinchila e Luis Novaes, da Terra Investimentos.
Confira as recomendações:
Bebidas
Para os analistas Régis Chinchila e Luis Novaes, da Terra Investimentos, a empresa tem uma das maiores expectativas de crescimento de vendas diante do esperado aumento de consumo de bebida alcoólica durante a Copa do Mundo. “Os investidores podem acreditar num bom trimestre da Ambev para atingir níveis maiores de lucratividade e aliviar um pouco a pressão no ambiente extremamente competitivo que vive”, avaliam.
Apostando as fichas na elevação de consumo do produto, Phil Soares, chefe de análise de ações da Órama, também recomenda a ação. Já para João Abdouni, da Inv, empresas ligadas ao evento podem performar bem, desde que ele supere o cenário planejado. A partir dessa premissa, ele indica a Ambev.
Varejo
Phil Soares, da Órama, recomenda as ações das varejistas Via, Magazine Luiza e Americanas em função da “alta exposição à atividade econômica interna, com a Copa sendo uma data de maior venda de eletroeletrônicos – produtos de margem alta para as varejistas”.
Carnes
A Minerva e Marfrig receberam indicação de Chinchila e Novaes, da Terra Investimentos. De acordo com eles, os frigoríficos devem se beneficiar com as reuniões provocadas pela competição esportiva, uma vez que a carne costuma integrar o cardápio dos brasileiros nesses encontros.
A BRF foi recomendada pelo Soares, da Órama. Segundo ele, a empresa tem forte atuação na região do país-sede da Copa do Mundo, o Catar: “E com isso deverá se beneficiar de atividade econômica local aquecida.”
Material esportivo
O Grupo SBF, que atua no ramo esportivo e engloba a rede varejista Centauro, pode aumentar as vendas dos produtos esportivos diante da visibilidade estimulada pela Copa, avaliam Chinchila e Luis Novaes. Para a Terra Investimentos, a recomendação é neutra com preçoalvo em R$ 38. Também do ramo dos esportes, Vulcabras, das marcas Adidas e Puma, pode turbinar os ganhos no período, de acordo com João Abdouni, analista da Inv, que também recomenda o SBF.
Cartões
A Copa é vista como uma boa oportunidade para a Cielo. “O plano de reestruturação da Cielo, responsável pela recuperação do papel na Bolsa no último ano, tem sido focado no maior volume de negociações possível a fim de se restabelecer no setor ante seus concorrentes”, afirmam os s analistas da Terra Investimentos.