Terça-feira, 08 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 6 de abril de 2025
Jair Bolsonaro publicou um longo texto em suas redes sociais sobre Eliene Amorim de Jesus, presa no Maranhão pelos ataques de 8 de Janeiro, e que foi solta na noite de sexta-feira (4), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Na semana passada, falei aqui sobre a prisão cruel e injusta de Eliene Amorim de Jesus jovem missionária, trabalhadora e estudante de psicologia, presa por acompanhar os acampamentos como pesquisadora, com papel e caneta na mão, para realizar seu sonho de escrever um livro. Hoje, recebemos a notícia: após dois anos presa em Pedrinhas, sem crime e sem julgamento, Eliene está indo para a casa”, escreveu o ex-presidente.
Segundo ele, a missionária seguirá o mesmo caminho de Débora Rodrigues dos Santos, flagrada pichando escultura no STF com batom, com prisão domiciliar – ambas foram transformadas em símbolo do movimento por anistia. “Apesar disso, ela não estará livre. Terá que usar tornozeleira eletrônica, seguirá proibida de se expressar, de receber visitas e de viver plenamente. Essa ainda não é a liberdade que ela merece. Mas é uma pequena vitória. E é importante reconhecer: ela só aconteceu porque o caso foi exposto, denunciado e ganhou as redes”, escreveu Bolsonaro.
Ele acrescentou ainda que “a pressão do povo funciona” e aproveitou para reforçar a presença das pessoas em ato na Avenida Paulista, neste domingo, 6 de abril. “Quando você compartilha, denuncia e se une a milhões de outros brasileiros para se manifestar contra a injustiça, o autoritarismo recua”, disse o ex-presidente, encerrando seu texto pelos que ele considera presos injustamente. “Por Eliene. Por Débora. Pelo Clezão. Pelos que ainda estão presos injustamente. Por um Brasil livre. Por um futuro melhor para os nossos filhos”, finalizou.
Em seu perfil no Instagram, o advogado Hélio Júnior confirmou a soltura de Eliene. Ele, que também defende Débora Rodrigues, disse que a missionária, presa desde 17/03/2023, foi libertada. “É o reflexo direto da pressão popular que surgiu com a campanha ‘Somos Todos Débora’”, escreveu.
Manifestantes
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se reúnem na avenida Paulista, nesse domingo (6), fazem críticas ao Supremo. O mais citado é o ministro Alexandre de Moraes por conta das punições dos envolvidos no 8 de Janeiro.
Faixas e banners ironizam a punição de 14 anos defendida pelo ministro à Débora Rodrigues Santos, que ficou conhecida por pichar a estátua da Justiça, em frente ao STF, com um batom. (As informações são da revista Veja e da CNN Brasil)