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“A decisão do juiz doeu muito”, disse a vítima de assédio em ônibus na avenida Paulista

Imagens mostram Diego deixando a delegacia ao ser solto na quarta-feira e o momento em que ele ficou preso dentro do ônibus na terça-feira. (Foto: Reprodução)

A mulher que foi vítima de um abusador em um ônibus em São Paulo, na terça-feira, criticou a decisão da Justiça em libertar o agressor Diego Ferreira de Novais, 27 anos, que tem 15 passagens pela polícia incluindo três prisões por estupro. “A decisão do juiz doeu muito, muito mesmo. É como se eu estivesse sozinha”, afirmou Cintia Souza, 23 anos.

“A decisão do juiz levou em consideração apenas o lado do criminoso, e não o meu. Só peço a todos que gritem comigo para que outras mulheres não passem por isso.” “Eu apenas quero justiça de verdade, e que pelo amor de Deus haja um olhar humano sobre nós mulheres”, afirmou.

O crime aconteceu dentro de um ônibus na avenida Paulista, por volta das 13h20min. Diego ejaculou na mulher e ela ficou em estado de choque.

Apesar de seu histórico, o agressor foi solto pela Justiça em audiência de custódia realizada na quarta-feira. Na decisão, o juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto diz não ver “constrangimento tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco de ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado”. Por tal razão, ele defende que o crime “se amolda à contravenção e não estupro”. O abusador foi preso nesse sábado acusado de cometer o mesmo crime.

Legislação

Embora o Brasil tenha um código penal antigo, a lei que incide sobre crimes contra a dignidade e liberdade sexual foi alterada há menos de uma década, em 2009, por uma demanda de movimentos de enfrentamento à violência contra mulheres, às crianças e aos adolescentes.

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