A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu que os termos complementares da delação da JBS que fazem menção ao ex-presidente não sejam enviados ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), e que sejam remetidos à Justiça Federal de Brasília.
Os advogados do petista fizeram o pedido ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da delação da JBS, após a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentar 80 pedidos de desmembramento nas investigações da JBS.
No caso de Lula, a Procuradoria pediu que ficasse com Moro os depoimentos complementares que tratam de suspeitas de repasses ilegais da empresa feitos em conta no exterior que teriam como beneficiários políticos do PT.
A defesa do ex-presidente pediu a Fachin que as citações dos delatores sejam remetidas à Justiça Federal de Brasília, onde já tramita um processo que teria ligação com essas suspeitas.
Os anexos complementares à delação da JBS foram entregues pelos delatores em agosto do ano passado. A PGR afirma que não fez os pedidos de desmembramento antes pois aguardava uma decisão do STF sobre o pedido de rescisão do acordo de colaboração dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud.
Cada pedido de desmembramento diz respeito a um conjunto de provas e fatos sob investigação e poderá tanto ser anexado a uma investigação já em andamento quanto dar origem a um novo inquérito.