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Por Redação O Sul | 1 de março de 2019
Os advogados do ex-presidente Lula entraram com um pedido para que ele compareça ao velório e ao enterro do neto Arthur Araújo Lula da Silva, de 7 anos. Ele morreu de meningite nesta sexta (1º) em um hospital em Santo André. A informação foi da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.
Os pais da criança são Marlene Araujo Lula da Silva e Sandro Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente e da ex-primeira-dama Marisa Letícia.
A família pretende fazer o velório e o enterro na tarde do sábado (2) para que haja tempo do ex-presidente se deslocar até São Paulo.
A morte de Arthur ocorre um mês depois da morte de outro familiar do ex-presidente.
A presidente do partido e deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, comentou a situação no Twitter. “Presidente Lula perdeu seu neto hoje. Que tristeza. Arthur tinha 7 anos e foi vítima de uma meningite. Força presidente, estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Faremos de tudo pra q vc possa vê-lo. Força a família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste”, postou.
No mês passado, o órgão negou autorização para que Lula saísse da prisão para ir ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, sob o argumento de falta de aeronaves e de segurança do ex-presidente e da ordem pública.
O ministro Dias Toffoli, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a ida quando o cortejo já deixava a capela onde o corpo foi velado, e Lula não deixou a cela em Curitiba.
Além da condenação mais recente, imposta na Justiça Federal no Paraná em fevereiro, pelo caso do sítio de Atibaia, os advogados do ex-presidente Lula trabalham na defesa dele em outros sete processos que tramitam também no Distrito Federal e em São Paulo.
O mais conhecido deles, o do triplex de Guarujá (SP), provocou a prisão do petista em abril do ano passado, quando se esgotaram os recursos dele na segunda instância contra a condenação imposta pelo agora ex-juiz Sérgio Moro.
No dia 6 de fevereiro, Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo. A sentença foi dada pela juíza Gabriela Hardt, que substitui o ex-juiz Sérgio Moro.
Também foram condenados os empresários Marcelo Odebrecht e Emílio Odebrecht, Leo Pinheiro, da OAS e José Carlos Bumlai (responsáveis pelas obras no sítio); o proprietário do sítio Fernando Bittar, o advogado Roberto Teixeira, além de Paulo Gordilho, Emyr Diniz Costa Junior, Alexandrino Alencar e Carlos Armando Guedes Paschoal.
A ação julgou as reformas realizadas no sítio de Atibaia (SP), frequentado pelo petista.
Na ação penal do sítio de Atibaia, ele era acusado de ser favorecido pelas empreiteiras OAS e Odebrecht com benfeitorias feitas na propriedade rural que frequentava. Cabe recurso.
O pagamento de obras na propriedade pela Odebrecht foi revelado em reportagem de janeiro de 2016.
Nota do partido
O partido de Lula também emitiu nota oficial sobre o caso, assinado pela presidente do PT. Confira:
“O Partido dos Trabalhadores está solidário com o presidente Lula e sua família, neste momento de dor em que ele perdeu, de forma dramática, o querido neto Arthur, de apenas 7 anos. É mais uma tragédia pessoal que o atinge, em meio à perseguição política e à farsa judicial de que ele é vítima.
A dor de Lula é compartilhada por cada militante do PT e pelos milhões de brasileiros que o reconhecem como o presidente que mais combateu a fome e a mortalidade infantil, com programas sociais, de saúde e geração de renda. O presidente que defendeu a vida e um futuro melhor para nossas crianças.
Lula não merece estar preso, porque provou sua inocência diante de todas as acusações falsas que lhe fizeram. Lula tem o direito de compartilhar com seus familiares, o filho Sandro e a nora Marlene, o luto pela morte do pequeno Arthur.
Muita força, companheiro Lula. Que Deus o abençoe.”