Quinta-feira, 06 de março de 2025
Por Redação O Sul | 5 de março de 2025
Logo após o recesso de Carnaval, os deputados vão entrar em disputa pela formação das comissões. A mais importante delas, de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), irá para o União Brasil ou para o MDB, donos da terceira e quinta maior bancada da Câmara dos Deputados, respectivamente, conforme já acordado entre os parlamentares. As outras comissões mais almejadas devem ficar em uma disputa entre o PL e o PT, partidos com maior número de parlamentares.
“O PT gostaria da Saúde, mas a primeira pedida é do PL, e tem gente do PL falando que vai pegar a Saúde”, diz o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP). Caso a Comissão de Saúde fique nas mãos do PL, o PT iria centrar suas forças para ficar com os colegiados de Educação ou Fiscalização Financeira e Controle.
Atualmente, o PT preside a Comissão de Saúde, com Dr. Francisco (PT-PI), e de Fiscalização Financeira e Controle, com Joseildo Ramos (PT-BA). Já o presidente da Comissão de Educação é o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos oposicionistas mais barulhentos da Câmara.
No PL, uma das vontades já manifestadas é a de que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fique com a Comissão de Relações Exteriores. Nos Estados Unidos, Eduardo tem se articulado com congressistas ligados ao presidente americano Donald Trump.
O trabalho de “chanceler bolsonarista” do filho Zero Três de Jair Bolsonaro deu dor de cabeça a aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder da bancada petista na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), entrou com uma denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF) para apreender o passaporte de Eduardo Bolsonaro.
Segundo Lindbergh, a pressão de Eduardo para que o governo americano aplique sanções às autoridades brasileiras é um ataque à soberania nacional. A ação no STF irritou parlamentares ligados a Bolsonaro e aumentou a sanha da bancada do PL pela Comissão de Relações Exteriores. As informações são da Revista Veja.
Até o momento, apenas três comissões têm seus presidentes definidos: a de Viação e Transportes, que será comandada por Maurício Neves (PP-SP); a de Turismo, com Laura Carneiro (PSD-RJ); e a de Minas e Energia, que ficará sob o comando de Diego Andrade (PSD-MG).