Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2019
Cientistas do centro médico Johns Hopkins, nos Estados Unidos, realizaram um novo estudo que revelou que quanto mais alta a concentração de uma proteína chamada alfa-sinucleína no intestino, maior o indício de progressão do Parkinson no paciente.
Relação do Parkinson com o intestino
Os responsáveis pelo achado revisaram análises feitas em 2003 por um médico alemão, fizeram novos testes e chegaram à conclusão que a proteína alfa-sinucleína pode se mover do trato gastrointestinal para o cérebro.
No transporte da proteína pelo organismo, ela pode se aglutinar no cérebro e, assim, danificar as células nervosas responsáveis pelos movimentos e pela fala em poucas semanas.
As dificuldades de coordenação motora para se movimentar e falar são as características principais da doença de Parkinson. Atualmente, a patologia atinge cerca de 200 mil brasileiros e 1% de toda a população mundial, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Possível cura para Parkinson?
Os novos testes foram realizados somente em ratos de laboratório. Em um primeiro momento, a alfa-sinucleína foi injetada no intestino dos animais saudáveis. Após um mês, observou-se que a proteína estava presente no cérebro e, em três meses, estava distribuída por todo o encéfalo.
Os camundongos apresentaram queda de dopamina (neurotransmissor conhecido por proporcionar a sensação de prazer e possibilitar movimentos) e problemas relacionados a habilidades motoras, memória, comportamento e ansiedade.
Portanto, os pesquisadores acreditam que, ao identificar e interromper a passagem da proteína antes que ela chegue ao cérebro, é possível prevenir ou até mesmo regredir a evolução do Parkinson.
Sintomas do Parkinson
A doença de Parkinson pode afetar um ou ambos os lados do corpo, com grau de perdas das funções variável e progressivo. Os sintomas iniciais da enfermidade são: Rigidez muscular, tremores, lentidão dos movimentos.
Posteriormente, o paciente passa a apresentar: Passos curtos, redução do balançar natural dos braços ao andar.
Já entre os sinais de um Parkinson mais avançado estão: Dificuldade de engolir, dificuldade em realizar movimentos antes habituais, como se levantar ou caminhar, tendência a babar, ausência de expressão de emoções na face, diminuição e até mesmo desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar), dificuldade em ler e escrever, prisão de ventre, exaustão, voz para dentro e mais baixa, confusão, depressão, perda de olfato, perda de memória, alucinação e demência.