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Economia A economia brasileira deve perder força em razão do aumento da taxa básica de juros

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O Comitê de Política Monetária do Banco Central aprovou, no mês passado, aumento de um ponto porcentual para a Selic, que foi a 13,25%. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A economia brasileira deve perder força em razão, entre outros motivos, do aumento da taxa básica de juros – a Selic mais alta encarece o investimento para as empresas e o crédito para as famílias. Além disso, com o aperto no caixa do governo, existe a expectativa no mercado de um menor impulso fiscal – ou seja, de gastos públicos para estimular a economia.

Com a inflação em alta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou, em reunião no mês passado, aumento de um ponto porcentual para a Selic, que foi a 13,25%. Na reunião de março, a expectativa é de que o BC promova uma nova alta de mesma magnitude. No relatório Focus, elaborado semanalmente pelo BC, os analistas consultados projetam que a Selic termine o ano em pelo menos 15%.

“Houve um crescimento forte ao longo dos últimos anos, puxado pelo impulso fiscal e pelo mercado de trabalho forte”, afirma Julia Gottlieb, economista do Itaú Unibanco. “A economia deve ir desacelerando ao longo de 2025, e essa desaceleração vai ficar mais clara ao longo do segundo semestre do ano, porque é no segundo semestre que começaremos a ver o impacto da política monetária.”

Os juros mais altos e a inflação persistente também têm minado a confiança do consumidor – num sinal de que o brasileiro está mais pessimista com a economia do País.

“O que tem pegado para o consumidor é a inflação e a taxa de juros muito alta. Os juros não vão ser resolvidos de uma hora para outra. É um problema de mais longo prazo”, afirma Anna Carolina Gouveia, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da FGV.

Apurado pelo Ibre, o Índice de Confiança do Consumidor recuou pelo segundo mês seguido, para 86,2 pontos, e chegou ao menor patamar desde fevereiro de 2023 (85,7 pontos). Em dezembro e janeiro, a queda acumulada foi de oito pontos. “Para ter uma retomada da confiança, é necessária uma melhora nos preços e a manutenção de uma situação favorável no mercado de trabalho”, diz Anna Carolina.

A avaliação dos analistas é de que a economia brasileira deve ter crescido 3,5% no ano passado. Eles também esperam que 2025 seja marcado por uma desaceleração, sobretudo no segundo semestre. “Embora alguns sinais mais claros de desaceleração tenham surgido no quarto trimestre de 2024, ainda vemos fatores de resiliência no curto prazo que devem levar a uma aceleração no resultado do primeiro trimestre”, escreveu o banco Santander, em relatório.

“Primeiro, a contribuição positiva das safras de grãos de verão deverá impulsionar a produção agrícola no período, seguindo a projeção de mais um ano de produção recorde de soja e milho. (…) Além disso, o mercado de trabalho ainda resiliente deverá continuar a influenciar positivamente o consumo das famílias, juntamente com um calendário favorável para transferências governamentais no primeiro semestre de 2025”, acrescentou o banco.

Para 2025, o Santander estima um avanço do PIB de 1,8%. No relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, os analistas consultados esperam um crescimento econômico semelhante, de 2,01% – ante os 3,5% previstos para 2024. (Estadão Conteúdo)

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