Domingo, 23 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2015
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Ilimar Franco
A realização de consultas populares enfrenta resistências da elite política no País. No caso do referendo sobre a maioridade penal, não é diferente. Isso ocorre porque nem sempre o eleitor atende o comando dessa elite. O povo disse “não” à proibição do comércio de armas (63,9%) no referendo de 2005. E, em 1993, um plebiscito manteve o presidencialismo (69,2%) em detrimento do parlamentarismo.
Mudança da agenda
O congresso do PT, que ocorre daqui a dez dias, foi convocado com um objetivo. Os petistas tinham em foco tratar de assuntos relacionados às questões internas. Mas a realidade mudou, e o cenário político, de crise econômica, vitaminado pelo caso Petrobras, vai dominar a pauta. O partido quer se desvencilhar da Lava-Jato. Mas não sabe como. A sigla quer tirar de suas costas o apoio ao ajuste imposto por seu governo. O PT imagina que seria poupado de um desgaste maior se o fator previdenciário não fosse vetado pela presidente Dilma. Mas como fazer isso? Cinco ministros se reuniram, no começo da noite dessa segunda-feira, na Casa Civil, em busca da resposta.
No ringue do STF
O vice Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, reuniram-se nessa segunda-feira pela manhã. Entre outros assuntos, concluíram que é uma “presepada” do PT a tentativa de anular a votação do financiamento eleitoral pelas empresas.
Democracia direta
Autor da emenda da reeleição, no governo Fernando Henrique, o líder do DEM, Mendonça Filho, foi quem tirou da cartola o referendo sobre a maioridade penal. Sua intenção é obrigar os partidos a se posicionarem no ano das eleições municipais. Ele já está à procura de outros temas para submeter à deliberação dos eleitores.
Minoridade eleitoral
Os adversários do PT vão insistir no referendo sobre maioridade penal. Uma nova legislação tem o apoio de quase 90% da população, de acordo com as pesquisas. Os petistas começariam a campanha colados nos 10% que são contra.
Marcação homem a homem
A coordenação política esteve reunida nessa segunda-feira, mas avançou pouco. Um de seus integrantes resume os diversos impasses com uma frase: “Virou um mercado persa”. Relata que, em vez de prêmio, o cargo virou pagamento e que, muitas vezes, não adianta conversar com o partido, porque a negociação é quase individual.
Aproveitando a maré
O PT paulista está fulo com o vice Márcio França. Dizem que ele oferece cargos e verbas para que prefeitos petistas se mudem para o PSB. França assume o governo nos últimos seis meses do mandato, se Alckmin concorrer ao Planalto.
O PP de lá e o de cá
Assediada pelo PSDB, que é raquítico no RS, a senadora Ana Amélia reafirma que não sairá do PP: “Na política, não se pode raciocinar com o fígado”. Ela argumenta que lá o PP tem “patrimônio” e o maior número de prefeitos.
Com Amanda Almeida, sucursais e correspondentes
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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