Os executivos da empreiteira Odebrecht prometeram aos investigadores da Operação Lava-Jato detalhar de que forma o caixa 2 da empresa abasteceu as campanhas eleitorais do PSDB em 2010. A informação é de fontes que acompanharam de perto as negociações.
Segundo elas, os repasses teriam como destino a campanha eleitoral do hoje ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), em 2010, quando ele concorreu à Presidência da República (2010). O montante recebido ilegalmente totalizaria 23 milhões de reais.
Para comprovar que houve o pagamento, a Odebrecht deve apresentar cópias de extratos bancários de depósitos realizados fora do País.
Tucanos
Não é a primeira vez que um presidenciável tucano aparece nas negociações. No final do mês passado, uma reportagem do jornal O Globo noticiou que os executivos da empresa relatam repasses à campanhas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Ele é um dos 13 governadores e 35 senadores já citados por dirigentes da construtora.
Os dados das transações feitas da Odebrecht no exterior são o ponto-chave das negociações. Para homologar o acordo de delação, os investigadores querem acesso total às transações da empreiteira. (AG)