Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 21 de outubro de 2021
A empresa de call center Atento foi a mais recente vítima de ataques de cibercriminosos a corporações no Brasil, nas últimas duas semanas. No último domingo (18), a multinacional espanhola comunicou ter sofrido um ciberataque a seus sistemas no país e que interrompeu os serviços, temporariamente, aos clientes locais.
Nesta quinta-feira (21), a empresa de call center afirmou que a operação de seu data center foi restabelecida e que os serviços estavam sendo retomados após o ciberataque. Segundo a companhia, o sistema foi interrompido para proteger dados.
“A empresa reforça que a ameaça foi contida rapidamente e nas primeiras 24 horas foi possível iniciar o fornecimento de serviço com limitações para alguns clientes. Neste momento, as operações do data center já foram retomadas e a companhia começará a retomar progressivamente mais serviços”, disse a Atento em nota.
Ainda de acordo com a empresa, a prioridade no primeiro momento foi “garantir a proteção e a integridade dos dados e sistemas de seus clientes”.
“Com o objetivo de prevenir qualquer risco aos seus clientes, foi realizado proativamente o isolamento dos sistemas impactados na Atento e também foram suspensas as conexões com os clientes no Brasil. Este foi o motivo que causou a interrupção do serviço.”
A Atento afirmou ainda que as investigações sobre o ciberataque estão em andamento e que trabalha com “consultores e as autoridades competentes para avaliar o impacto do incidente nos negócios e tomar as medidas cabíveis”.
Outros ataques no Brasil
Depois da Porto Seguro, no último dia 14, e da CVC, no último dia 2, este é o terceiro ataque cibernético a grandes empresas no País nas últimas duas semanas.
A Porto Seguro informou ter sido alvo de uma tentativa de ciberataque, que provocou instabilidade em canais de atendimento e em alguns sistemas.
Segundo o jornal Valor Econômico, os funcionários da seguradora, que estavam em home office, tiveram de dar continuidade aos trabalhos presencialmente nos escritórios por conta das falhas nos sistemas.
O ciberataque à CVC fez com que a central de atendimento da empresa ficasse temporariamente indisponível.
A Atento não informou o tipo de ameaça que afetou seus sistemas. Os ataques mais comuns a empresas brasileiras têm sido do tipo ransomware, no qual códigos maliciosos se infiltram nos sistemas das empresas até identificarem e criptografarem servidores com dados sensíveis, exigindo resgate para sua liberação, na maior parte dos casos.
A lista de companhias abertas vítimas de ataques de sequestro de dados desde o início da pandemia inclui Natura & Co, Braskem, Cosan, Embraer, Prudential, Westwing, JBS, Grupo Fleury e Lojas Renner. As informações são do jornal Valor Econômico e do portal de notícias G1.