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A Europa já discute a internet 6G, que é oito mil vezes mais rápida

Redes de sexta geração devem chegar ao público em 2030. (Foto: Reprodução/GizChina)

A Nokia foi escolhida para liderar o Hexa-X, um programa europeu de pesquisa e desenvolvimento da tecnologia 6G. Segundo comunicado da empresa finlandesa, o objetivo da pesquisa é investigar casos de uso das redes de sexta geração, além de criar tecnologias de base e os fundamentos para implementação do sucessor do 5G.

O programa Hexa-X começa em janeiro de 2021 e tem duração prevista de dois anos e meio. As estimativas sobre o lançamento do 6G indicam que a tecnologia só deve se tornar uma realidade comercial em 2030. A expectativa é que as novas redes sejam até 8 mil vez mais rápida que o 5G.

O 6G ainda é um esboço e não há definições técnicas a respeito das suas capacidades finais, mas é esperado que as redes desse tipo usem frequências na casa dos terahertz, aumentando muito a velocidade da internet e reduzindo a latência das conexões.

Entre as aplicações, redes 6G poderiam permitir transmissão em tempo real de imagens holográficas e até mesmo conectividade de rede para auxiliar em implantes no corpo humano.

O programa da União Europeia para desenvolvimento do 6G é liderado pela Nokia, mas conta com a participação de outras empresas com sede no continente, como Ericsson e Siemens. Universidades e institutos de pesquisas, além de grandes operadoras europeias, como Orange e Telefónica, também participam do projeto.

Brasil no 5G

O diretor global de cibersegurança da Huawei, Marcelo Motta, lamentou, em entrevista ao Metrópoles, as recentes tentativas do governo federal de limitar a participação da gigante chinesa do leilão de radiofrequência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que definirá o futuro da tecnologia 5G no Brasil. Nas palavras do representante da empresa asiática no país, há uma politização do 5G.

“É uma pena que o 5G tenha sido politizado. Há tanto tempo somos uma empresa responsável, no mercado internacional e brasileiro, que, mesmo neste ambiente difícil, nossos resultados têm crescido de forma sustentável”, sustenta.

Motta avalia que a exclusão da empresa do certame acarretaria prejuízos diretos para a competitividade do mercado, resultando em “preços mais caros para o consumidor”. O diretor defende que o crescimento contínuo da companhia e os recentes investimentos da asiática no mercado tecnológico credenciam a Huawei para participar da disputa.

“A Huawei investiu mais de US$ 4 bilhões apenas em suas tecnologias básicas na última década, e conquistou cerca de 20% de patentes essenciais do 5G. Todos os nossos esforços de longo prazo resultaram em uma solução 5G poderosa, mais leve que as demais do mercado, mais compacta e ‘mais verde’, ou seja, consome menos energia por bit do que as gerações de tecnologia anteriores e também dos concorrentes de mercado”, destaca Motta.

De acordo com o diretor da Huawei, o faturamento global até o terceiro trimestre deste ano beira os US$ 100 bilhões. O montante representa crescimento de 9,9% no comparativo com o mesmo período de 2019. “Isso só é possível devido à confiança de clientes e governos nos mais de 170 países em que operamos”, frisa.

Atualmente, a empresa chinesa opera na modalidade em países como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Kuwait, Suíça, Alemanha, Coréia do Sul e China.

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