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Dilma foi intimada a depor como testemunha de Lula. Ela deverá falar ao juiz Sérgio Moro no processo sobre o sítio de Atibaia

Dilma deverá falar a Moro no processo sobre o sítio de Atibaia. (Foto: Roberto Parizotti/ CUT)

A ex-presidente Dilma Rousseff foi intimada nesta segunda-feira (30) para depor no processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por obras feitas no sítio de Atibaia pelas construtoras Odebrecht, OAS e pelo pecuarista José Carlos Bumlai. A intimação foi feita por um oficial de justiça do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), e o depoimento está marcado para o dia 25 de junho, às 14h, por viodeoconferência. A ex-presidente Dilma e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram arrolados como testemunhas pela defesa de Lula.

Na semana passada, com a decisão da 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de retirar das mãos do juiz Sérgio Moro delações da Odebrecht – entre eles o empresário Emílio Odebrecht e o executivo Alexandrino Alencar, que falaram sobre o sítio de Atibaia – a defesa de Lula pediu que o processo fosse encaminhado para a Justiça paulista. Moro negou e decidiu que o pedido deve ser conduzido em recurso separado do processo.

O pedido já tinha sido feito há oito meses pela defesa de Lula, mas Moro não havia dado andamento, argumentando excesso de trabalho. Agora, Moro deu encaminhamento ao pleito, com abertura de prazo para manifestação da defesa e da acusação. O juiz ainda não se manifestou sobre o mesmo pedido – de transferência para a Justiça de São Paulo – do processo que envolve vantagens pagas pela Odebrecht, como a compra de um prédio para o Instituto Lula, que nunca foi usado, e de uma cobertura vizinha à do ex-presidente, que Lula alega alugar de Glaucos Costamarques, primo de Bumlai.

Moro também deu andamento a outros sete depoimentos de parlamentares no processo do sítio, todos a pedido da defesa de Lula. As audiências estão sendo marcadas entre os dias 9 de maio e 20 de junho. Devem depor, entre outros, os senadores Lindbergh Farias e Humberto Costa e os deputados Carlos Zarattini e Arlindo Chinaglia Júnior.

Além deles, mais de 130 pessoas foram arroladas pelas defesas no processo. A lista pode ser alterada até a data da audiência.

Denúncia

Na ação, o ex-presidente Lula foi denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em maio do ano passado e se tornou réu na ação no mês de agosto.

Lula nega as acusações e diz não ser o dono do imóvel, que está no nome de sócios de um dos filhos do ex-presidente. O petista ainda afirma que todos os bens que pertencem a ele estão declarados à Receita Federal.

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