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Mundo A expectativa no Palácio do Planalto sobre o encontro dos “inimigos” Lula e o presidente argentino no G20

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Este será o segundo encontro entre o presidente brasileiro e Javier Milei. (Foto: Reprodução)

Nos próximos dias, acontecerá o segundo encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Javier Milei, durante a agenda dos chefes de Estado da cúpula do G20, no Rio de Janeiro.

Apesar das tensões que marcaram a relação de ambos desde que Milei fez campanha com apoio da família Bolsonaro, a expectativa no Palácio do Planalto é que a agenda aconteça de maneira protocolar e sem sobressaltos.

A avaliação de integrantes do governo é que o roteiro deve ser similar ao da cúpula do G7, que ocorreu em junho, na Itália. Na ocasião, Milei e Lula se cumprimentaram rapidamente, mas sem registros das câmeras. Desta vez, ainda existe o agravante de o Brasil ser o anfitrião do evento, o que faz com que palacianos acreditem que Milei não viria ao país em busca de embates com o presidente da República.

Auxiliares de Lula afirmam que o governo não está focado no líder argentino, mas nas visitas que receberá após o G20, do presidente da China, Xi Jinping, e dos Emirados Árabes Unidos, o xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan. Nestes encontros, serão debatidos temas relativos a investimentos e acordos comerciais. O presidente americano também confirmou sua presença no G20, em telefonema com Lula.

Mesmo com a eleição de Donald Trump, alinhado ideologicamente a Milei, membros do Palácio do Planalto avaliam que o argentino deve ter uma conduta pautada pela formalidade e institucionalidade que o cargo de presidente exige. A ver.

Para o deputado argentino Jorge Santiago Pauli, do partido La Libertad Avanza, as diferenças políticas entre Lula e Milei não devem afetar o comércio e as demais relações entre as duas nações.

“Os governos mudam, mas é preciso continuar a manter isso [as relações], especialmente porque por trás dos governos estão as pessoas. O comércio continua, as relações continuam, o intercâmbio continua… Por isso me parece importante que, além do fato de poder haver governos com pontos de vista ou ideologias diferentes, seja capaz de se manter essa agenda diplomática”, disse o político da base governista de Javier Milei que está em Brasília para as reuniões do P20.

Apesar de serem parceiros históricos na América do Sul, o relacionamento entre Brasil e Argentina enfrentou um esfriamento desde o último ano. Isso porque o presidente da Argentina, Javier Milei, está em um espectro político oposto ao de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Considerado libertário, Milei tem uma política econômica e social que diverge da defendida pelo petista. A diferença ideológica entre os dois líderes impediu uma aproximação.

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