Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2019
Um dos mais tradicionais eventos voltados à causa animal em Porto Alegre, o “Brechocão” tem uma edição extra neste domingo, das 9h às 16h, em frente ao Parquinho da Redenção (bairro Bom Fim). A iniciativa atende a um pedido de entidades e protetores, devido ao cancelamento de diversas datas da feira pela ocorrência de chuva.
“A proximidade do inverno, sempre com períodos mais longos de instabilidade no tempo, atrapalha eventos ao ar livre, por isso essa compensação é autorizada,” explica o gestor da Diretoria Geral de Direitos Animais, Bruno Wagner.
Os recursos obtidos com as vendas auxiliam nas despesas com ração, albergagem, veterinários, clínicas, castrações e outras decorrentes do resgate de animais em situação de vulnerabilidade. Os participantes também aceitam doações para as futuras feiras, que podem ser feitas no próprio local, incluindo desde artigos de brechó até ração e utensílios como potes, cobertas, medicamentos, jornais e papelão.
A prefeitura mantém um cadastro com 66 nomes de protetores e entidades voltadas ao bem-estar animal. Destes, quase metade se habilitaram a participar do Brechocão. Os demais estão aptos para atuação em atendimento clínico veterinário na Usav (Unidade de Saúde Animal Victória.
Animais em casa
Talvez muitos não saibam, mas em Porto Alegre a manutenção de seis ou mais cães e gatos em uma casas ou apartamento só pode se feita mediante obtenção de registro de canil ou gatil pelo proprietário do imóvel. É o que determina a Lei Complementar 694/2012.
Nestes casos, uma equipe da Smams vistoria os espaços de convívio destes animais, confere a documentação e repassa as informações aos veterinários da Diretoria-Geral de Direitos Animais, que emitirão a autorização, caso não sejam encontradas irregularidades. Ou então solicitarão que o local seja adequado às normas sanitárias do município.
Conforme a Secretaria, mais de 90% desses “canis precários” que recebem o sinal verde da prefeitura foram criados após reclamações registradas via telefone 156. E mesmo entre as pessoas devotadas à causa animal, nem sempre a boa intenção é acompanhada do devido conhecimento sobre os cuidados e exigências básicas para a guarda de animais.
Os espaços domésticos com mais de um animal exigem dos tutores uma atenção especial com a alimentação, além de água em quantidades adequadas ao tamanho do cão ou gato, com recolhimento das sobras após cada refeição. Também deve ser evitada a circulação dos animais em áreas vizinhas e manter acompanhamento veterinário.
Também é importante ter sempre em mãos os atestados de saúde e vacinação. Por fim, boas condições de higiene exigem cuidados diários, fundamentais para os bichos e para que se evitem as queixas de vizinhos incomodados com o odor e ruído. O registro pode ser solicitado ao Protocolo Central, localizado na rua Sete de Setembro nº 1.123 (2° andar), no Centro Histórico.
(Marcello Campos)