Quarta-feira, 02 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de agosto de 2019
Aos 67 anos de idade e 52 de trajetória artística, a atriz Bruna Lombardi não tem medo do tempo. Para ela, ter medo do passar dos anos é um equívoco. Aliás, são vários os equívocos que ajudam a fazer com que a nossa experiência em vida não seja a mais proveitosa possível.
Na última segunda-feira (26), Bruna Lombardi foi uma das palestrantes do Seminário Viva a Longevidade. A atriz falou sobre a necessidade de se rever aquilo que a sociedade valoriza, como deve ser a nossa relação com o mundo e que a longevidade não deve ser vista como um fardo.
O tempo
“A gente ter tanto medo do tempo é um equívoco, mas não o único equívoco. A gente vive uma sociedade de grandes distorções. Enormes e imensas distorções diárias.”
É preciso rever valores
“A gente foi impulsionado a acreditar que viemos buscar status, poder, prestigio, fama, dinheiro, bolhas. A gente acredita nas bolhas. Estamos entrando no novo milênio e se a gente não revisitar valores, não rever valores, não entrar numa grande e radical transformação, a gente vai criar um mundo pior.”
E quais são os novos valores?
“Eu acho que status hoje é qualidade de vida, é saúde. Ostentação é bem-estar, é compaixão, é solidariedade. É isso que a gente tem de ostentar. Esse é o verdadeiro status. O que adianta eu buscar o refinamento de uma bolsa cara se o meu comportamento social não tem esse mesmo refinamento?”
O que você pode dar para o mundo?
“Existem duas maneiras de estar no mundo. Ou você diz assim: ‘o que o mundo veio me dar?’ ou você se pergunta ‘o que eu posso dar para o mundo?’. Essa diferença parece pequena, mas ela é extraordinariamente grande. E é absolutamente transformadora.”
Felicidade não é uma ilha
“A felicidade é um grande motor, um grande estimulo, um grande entusiasmo da vida. Mas a felicidade, ela não é uma ilha. Ela é um continente. Estamos todos ligados. A minha felicidade depende da felicidade de vocês. Eu preciso que vocês todos sejam felizes para eu poder ser feliz. A felicidade é se autoconhecer”, disse.
Longevidade para todos
“Longevidade é uma maravilhosa maneira de colher. A gente não precisa plantar só pra gente ou só para os nossos filhos. A gente pode plantar para os que virão, para os estranhos, as pessoas que a gente não conhece, assim como [essas pessoas desconhecidas] plantaram para nós e a gente vê essas árvores por aí.”