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A General Motors e a Volkswagen retomam a produção com prioridade para modelos concorrentes

Com dólar alto, GM tira modelos da produção. (Foto: General Motors/Divulgação) Fábrica da GM em São Caetano reabre portas para produzir o SUV Tracker. (Foto: General Motors/Divulgação)

As duas marcas que mais vendem carros no País retomaram produção nesta segunda-feira em apenas uma fábrica de cada grupo. A General Motors reabriu um turno de trabalho na unidade de São Caetano do Sul, no ABC paulista. A Volkswagen reabre a filial de São José dos Pinhais, no Paraná, com dois turnos, mas operando em ritmo mais lento que o normal.

Para voltar lentamente às atividades, ambas escolheram plantas que produzem modelos concorrentes no segmento de utilitários-esportivos, o segmento de mercado que mais crescia em vendas antes da pandemia. A GM produz no ABC o Tracker, que foi lançado em março, quando começou a quarentena, e a Volkswagen faz o T-Cross no Paraná.

As outras fábricas de automóveis da GM em São José dos Campos (SP), Gravataí (RS) e a unidade de motores em Joinville (SC) não têm prazo para reabrir as portas, embora as previsões são para junho. As unidades de automóveis da Volkswagen em São Bernardo do Campo e Taubaté e a de motores em São Carlos, todas no Estado de São Paulo tiveram a abertura postergada para o fim do mês.

A GM informa ter desenvolvido rígido protocolo de segurança para manter o novo coronavírus fora de suas instalações, prevenir a propagação do vírus dentro da empresa e gerenciar de forma efetiva casos suspeitos ou confirmados.

Antes mesmo de pararmos nossa produção, uma equipe multifuncional começou a trabalhar neste novo protocolo de segurança, baseado nas orientações globais da GM e aprendizados que tivemos das nossas operações que já retomaram na China e na Coreia do Sul”, disse Luiz Peres, vice-presidente de manufatura da GM América do Sul.

A fábrica de São Caetano já tinha uma pequena parte das instalações sendo utilizada no conserto de respiradores e iniciou recentemente a produção de máscaras de proteção.

Estímulo à demanda

No caso da Volkswagen, a empresa afirmou que medidas de higiene e segurança para proteger a saúde dos empregados foram significativamente expandidas e baseadas nas experiências das fábricas do grupo na China e na Alemanha, em conformidade também com protocolos internacionais e alinhadas às determinações do governo local.

A fábrica conta com 2,5 mil funcionários que vão operar com jornada reduzida. A linha de produção da Audi, instalada no mesmo local, também voltou a operar.

O presidente da Volkswagen para a América Latina, Pablo Di Si, afirmou que a empresa estabeleceu regras e medidas claras para todos com a finalidade de tomar precauções contra o coronavírus. “Vamos começar de uma forma muito planejada, seguindo todas as boas práticas de limpeza e higiene”.

Segundo ele, a empresa está levando as orientações aos empregados de forma didática e por meio de vídeos, “porque será uma experiência inédita e o entendimento de todas as regras será fundamental para nos acostumarmos rapidamente a esta nova realidade”.

O retorno é um sinal importante para nós, para nossa rede de concessionárias, fornecedores e a economia em geral. No contexto pandemia, porém, este é apenas o primeiro passo. É necessário um momento adiante para estimular a demanda do mercado interno e países nos quais exportamos nossos veículos e, assim, adequar os volumes de produção diante da demanda”, disse o executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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