Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2023
O jogador tomou a palavra e agradeceu o carinho recebido pela torcida durante todo o ano
Foto: Lucas Uebel/GrêmioNa Arena, o sonho e a realidade de ver Luis Suárez com a camisa do Grêmio chegou ao fim. Após a vitória sobre o Vasco, com gol do camisa 9, o centroavante fez sua despedida e recebeu homenagens do clube gaúcho e de seus torcedores. Depois de todas as polêmicas, pela primeira vez, o uruguaio falou abertamente sobre sua permanência ou não no clube.
Durante a entrevista coletiva, Suárez tomou a palavra do presidente Alberto Guerra, Antônio Brum e do técnico Renato Portaluppi, agradecendo pelo carinho recebido da torcida ao longo do ano.
“Eu levo muito carinho. Demasiado para o que eu esperava, porque a gente não me conhecia. Me conhecia pelo que eu fiz na Europa, mas no dia a dia eles não sabiam. Levou o carinho que recebi constantemente de toda a gente de Rio Grande do Sul. Me senti como em casa, eu e a minha família. A gente pensa que é fácil tomar uma decisão assim, mas não é nada fácil”, disse Suárez.
“Eu gostaria de jogar [a Libertadores], mas o que fala é meu corpo. A dor que sinto eu no dia a dia é muita. E eu tenho que pensar no Luiz Suárez ser humano. Tenho uma carreira muito larga e acho que ganhei o direito de decidir, de dizer que basta, e poder decidir onde jogar, desfrutar dos meus filhos, da minha mulher, depois de um ano muito complicado que tive. Depois eu vou olhar para o Grêmio e lá onde eu estiver, sempre digo, eu serei um gremista a mais”, acrescentou o centroavante.
O uruguaio abordou seu desempenho pessoal e o do time nesta temporada. Ele reconheceu que as dores no joelho ainda o incomodam, sendo um dos motivos pelos quais optou por não permanecer em 2024. Ao mesmo tempo, comemorou o fato de ter concluído a temporada com o maior número de jogos em sua carreira, prestes a completar 37 anos. Demonstrou orgulho pelo desempenho da equipe, que disputou o título na Copa do Brasil e esteve na briga pelo Campeonato Brasileiro até a penúltima rodada.
“Acho que tive a confiança no primeiro dia que cheguei aqui de dizer que queria celebrar grandes coisas com o Grêmio e que o Grêmio voltasse aonde tinha que estar, que era na Copa Libertadores. Depois houve possibilidade de lutar no campeonato. Sim, houve. Lutar na Copa Brasil, sim, houve. Mas temos que nos sentir orgulhosos do trabalho que fizemos durante todo o ano, quando uma equipe vem da Série B, que ninguém apostava, e fizemos um trabalho excepcional”, falou o centroavante.
