Quarta-feira, 15 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2019
A presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Mônica Leal (PP), assinou a formação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar possíveis irregularidades na gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior. A instalação dos trabalhos deverá ocorrer nesta quinta-feira, com a escolha do presidente, vice e relator do colegiado, além da previsão de um calendário.
Dentre os supostos problemas a serem alvo de apuração estão questões ligadas à implementação do chamado “Banco de Talentos” na contratação de CCs (cargos em comissão) para o Executivo, o aluguel do prédio onde está situada a SMDE (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico) e relações do Marchezan com Michel Costa, diretor da Procempa no início da atual gestão do prefeito.
Os trabalhos da Comissão têm prazo de 120 dias, que culminam com a apresentação do relatório. É possível a prorrogação, mediante requerimento, por até 60 dias. De acordo com o regimento interno do Legislativo municipal, 12 vereadores constituem uma CPI. Por indicação das bancadas, farão parte desta Comissão os seguintes parlamentares:
Roberto Robaina (PSOL), Adeli Sell (PT), Luciano Marcantônio (PTB), Mauro Pinheiro (Rede), Cláudio Janta (SD), Professor Wambert (PROS), Felipe Camozzato (Novo), Márcio Bins Ely (PDT), Ricardo Gomes (PP), Reginaldo Pujol (DEM), Lourdes Sprenger (MDB) e Moisés Barboza (PSDB).
“Perda de tempo”
Em entrevista a uma emissora de rádio, cerca de um mês atras, Marchezan – que deve buscar a reeleição nas urnas em 2020 – disse estar tranquilo em relação a esse tipo de investigação, que considera desnecessária. “Não tenho medo de CPI”, declarou. “Eu posso ter muito defeitos, mas vigarista e corrupto não sou. [A Comissão Parlamentar de Inquérito] vai ser uma perda de tempo.”
(Marcello Campos)