A “Playboy” que chega às bancas traz uma entrevista com Maitê Proença. Em um trecho da conversa, ela lembra do seu início da TV Globo e admite que teve dificuldades para lidar com o ego dos funcionários da emissora.
“Para mim foi hostil. Hoje tenho essa compreensão, que não tinha naquele momento. Pelas minhas experiências, fui me tornando uma pessoa muito de verdade, e a Globo não é um lugar para você ser de verdade. É um lugar onde você tem que tratar todo mundo muito bem, todo mundo é vaidoso, as pessoas esperam que você as reconheça, e eu não sabia quem deveria ser reconhecido porque nunca tinha visto televisão. Não sabia que tinha de lidar com figurinista de forma superlativa, falar que a roupa era extraordinária, fantástica, maravilhosa. Eu não usava esses adjetivos. Era ingênua nessa linguagem específica superlativa carioca dentro da TV Globo, que era um lugar muito estranho para mim, apesar de ter viajado para o Irã e tudo. Aquela linguagem, para mim, era bem mais estranha do que o Irã pré-aiatolás”, lembra ela. (Leo Dias/AD)