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| A gota d’água

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Ilimar Franco

“(A fusão) é uma má notícia para o governo. Reforça a oposição. Vejo como um movimento nesse sentido. Até porque estão se unindo com Roberto Freire e Rubens Bueno.”  

(Antonio Imbassahy, ex-líder do PSDB na Câmara)

A nomeação de Delcídio Amaral para líder do governo no Senado azedou de vez as relações do presidente da Casa, Renan Calheiros, com o Planalto. Ele não perdoa o petista, por este, ainda na CPI da Petrobras, em 2014, ter dito que o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró era homem de Renan. Ele já tinha atravessado na garganta o ministro Aloizio Mercadante, que, em 2007, atuou pela cassação de seu mandato.

PSB: 5x maior. PPS: 1/3 da direção

A fusão com o PSB é um grande negócio para o PPS. O PSB é cinco vezes maior, mas o PPS terá um terço dos cargos de direção partidária. “Na negociação o PPS ficará com 30% da direção”, conta o senador Antonio Carlos Valadares. Por isso, mesmo sem abrir o verbo, parlamentares socialistas fazem reservas ao acordo. Alegam que 30% do PPS, com uma minoria de 20% do PSB, mudariam a correlação de forças interna. O PSB tem 3.969 vereadores, 444 prefeitos, três governadores, seis senadores, 34 deputados federais e 69 estaduais. O PPS tem 1.862 vereadores, 124 prefeitos, um governador, um senador, 11 deputados federais e 23 estaduais.

Mudança de clima

Antes do tornado com o presidente do Senado, Renan Calheiros, o vice Michel Temer se deliciava com a brisa do café da manhã, sobre o ajuste fiscal com o ministro Joaquim Levy, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o líder do PMDB, Leonardo Picciani.

Financiamento eleitoral misto

A tese com mais chances de ser aprovada, na Comissão da reforma política da Câmara, é a do financiamento público com doações de pessoas físicas com limites. Mas é forte os que querem manter, com limites, as doações de empresas.

O voto distrital na Índia

Os tucanos estão exibindo a experiência indiana para combater a tese de que o voto distrital conduz ao bipartidarismo. Levantamento feito por um de seus quadros mostra que na Índia funcionam 36 partidos, sendo 25 nanicos. Em 1947, o Partido do Congresso, onde milita a família Gandhi, era uma espécie de partido único.

Jeitinho

Adeptos do distritão estão irados com o relator da reforma política, Marcelo Castro. Em enquete, com deputados, há sete opções. Mas o debate se restringe a duas. E duas usam “distritão”, que teria confundido entrevistados. (Dados da enquete no Blog da coluna.)

Entregando os pontos

O relator da reforma política, Marcelo Castro, está descrente na aprovação de qualquer mudança. Ele concluiu que há muita fragmentação e que fica tudo como está se não houver um acordo. No seu partido (PMDB) deu 38 x 15 pelo distritão.

Quebra cabeça

O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) ganhou a parada contra o governador do Amazonas, José Melo, do PROS. Braga, que é do PMDB, do vice Michel Temer, vai nomear o superintendente da Suframa (Zona Franca de Manaus). Ele indicou para o cargo a ex-deputada Rebecca Garcia, do PP. Ela foi candidata a vice na sua chapa para o governo.

O líder  do PT no Senado, Paulo Rocha (PR), vai ficar com o comando da Sudam. Já está na Casa Civil o nome do ex-deputado Miriquinho Batista (PT-PA).

Com Amanda Almeida, sucursais e correspondentes

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https://www.osul.com.br/a-gota-dagua/ A gota d’água 2015-04-30
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