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A greve dos petroleiros: rebeldia sem causa

A Petrobras se tornou símbolo da pujança econômica do Brasil, impulsionada pelo boom das commodities. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Advocacia-Geral da União e a direção da Petrobras apontam, na ação apresentada ao Tribunal Superior do Trabalho, que é puramente política a pauta da greve anunciada no sábado pela Federação Única dos Petroleiros, com previsão de durar 72 horas. A lista de reivindicações inclui a redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis e a saída imediata do atual presidente da Petrobras, Pedro Parente. O movimento também é contrário a uma possível privatização da empresa. Só faltou os chavões “Fora Temer” e “Lula Inocente”.

Argumentos da Petrobras

Em um dos parágrafos da petição ao TST, AGU e a Petrobras indicam que “é inadmissível admitir que a atuação oportunista de determinado grupo enseja a ausência de serviços públicos essenciais, em prejuízo de toda a sociedade”.

Greve para testes

Ontem em Brasília os comentários indicavam que a greve de 72 horas convocada para começar hoje pelos verdadeiros donos e beneficiários da Petrobras, os petroleiros, vai funcionar como test drive, para testar a reação da própria categoria e da Justiça do Trabalho. Se colar, será ampliada além das 72 horas inicialmente previstas.

Alguém vai pagar esta conta

A BRF começou ontem a doar 52 toneladas de alimentos que estavam em duas carretas retidas em bloqueios em Santa Catarina e Goiás. Como havia o risco das carretas ficarem sem combustível para manter a refrigeração necessária dos produtos, os produtos foram doados para duas cidades.

Futuramente, esta e toda a conta será repassada a todos os contribuintes, através de um natural aumento dos preços destes produtos.

No gabinete da crise

Tal como numa recuperação de faltas que normalmente se aplica a alunos ou professores faltosos, o presidente da Assembleia Legislativa, Marlon Santos, e outros 17 deputados estiveram ontem no chamado Gabinete da Crise, instalado pelo governo do Estado, para tomarem conhecimento dos efeitos da paralisação dos caminhoneiros no Estado. Foi a atividade encontrada pelo Legislativo para fazer uma lição de casa e substituir a realização de sessão deliberativa esta semana. E a vida segue.

Comandante Militar do Sul: “hora de dar um basta”

Comandante Militar do Sul, o general do Exército Geraldo Antônio Miotto, que opera com 54 mil homens no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, avaliou ontem, na reunião do gabinete instalado pelo governo do Estado, que o momento é de dar um basta frente às paralisações que prejudicam a sociedade. “Chegou o momento do limite do caos, e quem está sofrendo com isso é o pequeno produtor, que não consegue escoar a produção”.

Greve traz prejuízo de R$ 50 milhões para a Capital

O secretário municipal da Fazenda, Leonardo Busatto, estima a greve dos caminhoneiros deverá impactar negativamente as finanças públicas de Porto Alegre. Ao contabilizar ontem, na Câmara Municipal, somente a primeira semana de paralisação, o prejuízo aos cofres públicos corresponderá a, aproximadamente, um dia do total da arrecadação anual da prefeitura – “em torno de R$ 50 milhões”, avalia.

RS recebe recursos do Ministério da Integração

O Ministério da Integração Nacional autorizou ontem, a liberação de R$ 3,9 milhões para ações emergenciais em municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Piauí. O ato de recursos da Defesa Civil Nacional foi publicado em portarias no Diário Oficial da União. Os valores serão aplicados em medidas de prevenção de riscos de desastres, socorro e assistência à população e na recuperação de áreas atingidas por desastres naturais. As prefeituras de Tunas, Cruzaltense e Ibarama, no Rio Grande do Sul, vão receber cerca de R$ 1,7 milhão para obras de reconstrução de sete pontes.

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