Sexta-feira, 18 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de agosto de 2018
O ex-marido da empresária e economista Cecilia Haddad, assassinada em abril deste ano em Sydney, na Austrália, foi considerado pela Justiça australiana o único beneficiário da herança estimada em 1,8 milhão de dólares australianos (aproximadamente R$ 4,96 milhões) deixada pela brasileira.
Felipe Torres, que mora em Perth, venceu a batalha legal que enfrentava com a família de Cecilia, segundo divulgou o jornal local “The Sydney Morning Herald” na segunda-feira (6).
A advogada que representa o pai de Cecilia, José Ibrahim Haddad, disse ao jornal que as partes chegaram a um acordo, depois que José Ibrahim reconheceu que sua filha e Felipe Torres ainda estavam casados quando ela morreu.
A batalha judicial teve início quando, em junho, a Justiça concedeu à família de Cecilia o controle para administrar os bens da brasileira. No entanto, o ex-marido entrou com um pedido, reivindicando ser o único beneficiário da herança.
Segundo o “Sydney Morning Herald”, Cecilia e Felipe se casaram no Brasil e começaram o processo para o divórcio, mas nenhum pedido foi feito na Austrália.
O corpo de Cecilia foi encontrado por remadores em um rio de Sydney em 29 de abril. Cecilia tinha se mudado para a Austrália em 2007, trabalhando como gerente da cadeia de suprimentos para o centro de operações remotas integradas da BHP na Austrália Ocidental antes de se mudar para o estado de Nova Gales do Sul em 2016. Ela tinha aberto a própria empresa de consultoria pouco tempo antes da morte.
O ex-namorado de Cecilia, Mário Marcelo Santoro, foi preso há um mês em sua casa no Rio de Janeiro. Considerado o principal suspeito, Santoro voltou ao Brasil no mesmo fim de semana em que o corpo de Cecília foi encontrado.
Mario foi preso por policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira), coordenados pela delegada Elisa Borboni.
Segundo o delegado Brenno Carnevale, autorizadas pela Justiça, equipes da Delegacia de Homicídios do Rio fizeram, um dia antes de sua prisão, buscas na casa de Mário e dos pais dele, na avenida Atlântica, onde ele não foi encontrado. Os agentes também o procuraram em endereços de seus parentes na Zona Sul do Rio, mas sem sucesso.
A Polícia Civil do Rio teve conhecimento do caso no início de maio, através da família da vítima, que informou à DH que o corpo de Cecília tinha sido encontrado no rio Lane Cover, em abril, com sinais de morte por enforcamento.