Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O fato mais surpreendente da semana foi o silêncio que se sucedeu ao anúncio de que o déficit no orçamento estadual de 2018 chegará a 6 bilhões e 900 milhões de reais.
Há um princípio da Física que ensina: só se conhece o que se pode medir. Por décadas, a opinião pública se deixou envolver por discursos de que a situação iria melhorar. Ficções só sobrevivem quando distanciadas da realidade.
Falta instalar um placar em locais públicos das principais cidades do Estado com os dados atualizados sobre o caos financeiro. Talvez determine o fim do escapismo, a conhecida tendência de esquivar-se do que seja penoso e causador de sofrimento.
O déficit crescente nas contas públicas é a esfinge que ameaça devorar o Estado se não for decifrada.
CONSTATAÇÃO
O mais assustador na gestão pública é ver o poder ser exercido pelos que não sabem como resolver os problemas.
NUVEM DE FUMAÇA
Falta uma pesquisa para aferir quanto os brasileiros imaginam que pagam de impostos. A pouca transparência esconde em si certa ilegalidade, fazendo com que os desembolsos ocorram sem que se saiba. O remédio é a simplificação do sistema tributário.
JOGO PERIGOSO
O presidente Michel Temer recuou da intenção de fazer, ontem, um pronunciamento sobre novas denúncias. Quer demonstrar que entrou na fase do alívio das tensões. Deve convencer a si próprio e os assessores próximos.
COTAÇÃO EM ALTA
A partir de terça-feira, líderes partidários começarão a bater na porta do procurador Rodrigo Janot. Cada um levará uma ficha de filiação, sonhando em obter a assinatura e abrindo-lhe a oportunidade para que escolha o cargo a que pretende concorrer.
NÃO ADIANTA
A grande maioria dos programas de propaganda dos partidos em rádio e TV, no horário noturno, indispõe os eleitores que passam a manhã e a tarde acompanhando denúncias e mazelas. Não há engenharia publicitária, por mais esforçada que seja, capaz de arrumar os estragos.
QUADRO ATUAL
A legislação permite o surgimento de partidos destituídos de representação e anêmicos de legitimidade.
VIOLÊNCIA VERSUS VIOLÊNCIA
Assessores de Jair Bolsonaro concluem que tumultos provocados por adversários, como ocorreu antes e depois de sua palestra sexta-feira em Belo Horizonte, só vão ajudá-lo. A certeza que se tem desde já: não será uma campanha água com açúcar.
LIDERANÇA RECONHECIDA
A 17 de setembro de 1947, o chefe da delegação brasileira, Osvaldo Aranha, foi eleito presidente da segunda Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas. Na primeira apuração, nenhum dos três candidatos obteve maioria. Depois, com o apoio da União Soviética, o gaúcho Aranha obteve um voto a mais que o necessário. No pronunciamento, disse que “esta etapa do pós-guerra deve ser resolvida por ideias e nunca por armas”.
PRESSUPOSTO
A ética é a principal moeda para o exercício do poder.
NOVA CIRCUNSTÂNCIA
Daqui para frente, ficará cada vez mais rarefeito o ar para os acrobatas da vida pública.
ONDE CHEGAREMOS
São tantos os investigados que o novo sistema eleitoral precisará incluir o distritão policial.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.