À medida que vai ficando mais velho, o brasileiro sobe no ranking de pessoas mais felizes do mundo, aponta o World Happiness Report, pesquisa anual sobre o tema. A pesquisa parte de uma pergunta básica: em uma escala de 0 a 10, como o entrevista classifica a sua própria vida.
Na classificação geral, o brasileiro aparece como o 44º mais feliz entre 143 países, imediatamente atrás de Guatemala e Nicarágua e à frente de Eslováquia e Letônia. O levantamento leva em conta uma média de três anos (2021-2023).
No ranking anterior (de 2020-2022), o brasileiro era o 49º mais feliz entre 137 países. Na comparação entre os dois períodos, a nota do brasileiro também melhorou: de 6,125 para os atuais 6,272.
Na análise por faixa etária, a história, porém, é um pouco diferente.
Na faixa que vai até os 29 anos, o brasileiro aparece apenas no 60º lugar. Nesse recorte, o jovem do Brasil fica atrás do de países como Argentina, Portugal, Paraguai e Tailândia – todas localidades em que o Brasil está melhor no levantamento geral. A nota do brasileiro está levemente acima da do americano: 6,436 ante 6,392 dos moradores dos EUA.
No outro extremo, no grupo acima de 60 anos, o brasileiro, com nota 6,124, aparece em 37º lugar, um posto abaixo dos japoneses e logo acima dos italianos. Ou seja, a avaliação do brasileiro mais velho sobre sua vida é pior que a do mais jovem, mas na comparação com seus pares internacionais ele está em uma situação melhor.
Nessa faixa acima de 60 anos, porém, o Brasil está bem abaixo dos americanos, que aparecem em décimo lugar. O estudo, uma parceria entre Gallup, ONU e Oxford Wellbeing Research Centre, destaca Estados Unidos e Canadá entre as maiores “disparidades” de felicidade entre as faixas etárias, com uma grande diferença em relação ao período 2006-2010, em que os mais jovens eram pelo menos tão felizes quanto os grupos mais velhos.
No grupo de 30 a 44 anos, o brasileiro aparece na 44ª colocação. Já entre os de 45 a 59 anos, sobe para o 40º lugar.
O ranking geral do estudo é liderado pelo sétimo ano consecutivo pela Finlândia, país que também está à frente nas faixas intermediárias, entre 30 e 59 anos. No grupo acima de 60 anos, os finlandeses aparecem em segundo lugar, logo atrás dos também nórdicos dinamarqueses.
Já entre os jovens os finlandeses só aparecem em sétimo lugar. A liderança é dos lituanos (apenas o 10º no geral), seguidos de israelenses e sérvios, que na classificação entre todas as idades estão em 37º, não muito acima do Brasil. No caso de Israel, a pesquisa destaca que foi feita em 2023 depois do ataque do Hamas, em 7 de outubro, e que a ideia de usar uma média de três anos é diminuir o impacto desse tipo de evento no resultado. As informações são do jornal Valor Econômico.