Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Edilaine Godoi | 21 de dezembro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Brasil é um país com uma população jovem, que representa cerca de 40% do total. Essa parcela da sociedade tem um grande potencial para contribuir para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país, mas também enfrenta diversos desafios para se inserir e se manter no mercado de trabalho.
Ao longo de 2023, a taxa de desemprego para os jovens brasileiros de 18 a 24 anos apresentou variações. No início do ano, no primeiro trimestre, houve um aumento na taxa de desemprego para 18%. No entanto, no segundo trimestre, a taxa de desemprego diminuiu para 16,6%. No terceiro trimestre, a situação melhorou ainda mais, com a taxa de desemprego caindo para 16%, o nível mais baixo registrado desde 2014.
Este índice pode melhorar. Essa realidade é resultado de diversos fatores, como a baixa escolaridade, a falta de qualificação profissional, a escassez de oportunidades, a discriminação, a violência, a pobreza e a desigualdade social. Esses fatores limitam as possibilidades de os jovens desenvolverem suas competências, seus talentos e seus projetos de vida.
Por isso, é fundamental que o Brasil invista na qualificação e na empregabilidade dos jovens, oferecendo-lhes educação de qualidade, formação técnica e profissional, orientação vocacional, acesso à cultura, ao lazer, à saúde, à cidadania e à participação social. Essas ações podem contribuir para que os jovens se tornem agentes de transformação, capazes de gerar renda, inovação, sustentabilidade e inclusão.
Alguns exemplos de iniciativas que visam promover a qualificação e a empregabilidade dos jovens no Brasil são:
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que oferece cursos gratuitos de educação profissional e tecnológica em diversas áreas, em parceria com instituições públicas e privadas.
O Programa Jovem Aprendiz, que possibilita que jovens de 14 a 24 anos sejam contratados por empresas como aprendizes, recebendo capacitação teórica e prática, remuneração e benefícios, além de terem seus direitos trabalhistas e previdenciários garantidos.
O Programa Jovem Cidadão, que promove a inserção de jovens de baixa renda no mercado de trabalho, por meio de estágios remunerados em órgãos públicos, com acompanhamento pedagógico e social.
O Projeto A Liga Digital, que oferece cursos gratuitos de e-commerce, marketing digital e programação para jovens de baixa renda. O projeto é uma oportunidade para os jovens se capacitarem para o mercado de trabalho digital, que demanda cada vez mais habilidades técnicas e socioemocionais.
Esses e outros programas podem fazer a diferença na vida de milhões de jovens brasileiros, que merecem ter oportunidades de se qualificar, de trabalhar, de se expressar, de se realizar e de contribuir para o bem comum. A qualificação e a empregabilidade dos jovens são essenciais para o futuro do Brasil.
Sobre A Liga Digital – Criada pelas executivas do E-Commerce Edilaine Godoi e Helenice Moura, a startup educacional de impacto social já formou mais de 8 mil jovens. A Liga reúne professores voluntários (chamados de heróis) envolvidos no Brasil inteiro – especialistas reconhecidos em seus segmentos que preparam gratuitamente alunos da rede pública e com acesso a poucos recursos, a fim de que lancem suas lojas virtuais ou estejam aptos a construir uma carreira no mercado digital.
(Edilaine Godoi, cofundadora d’A Liga Digital)
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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