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Geral A indústria avícola no Rio Grande do Sul vai reduzir em até 10% a produção de carne de frango no Estado e prevê reajuste de 20% a 25% ao consumidor final

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Estado gaúcho vai pleitear a habilitação de cinco plantas frigoríficas de aves e uma de bovinos. (Foto: Agência Brasil)

A Asgav (Associação Gaúcha de Avicultura) e o Sipargs (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas no Estado do Rio Grande do Sul) anunciaram nesta quarta-feira (28) que o Estado deverá reduzir a produção de carne de frango. Analistas de mercado do setor avícola avaliaram o alto impacto de custos de produção no que se refere a alta dos grãos (milho e soja) e outros insumos que compõem a produção de carne de frango.

Esta situação impacta drasticamente o fluxo produtivo e para amenizar os impactos negativos no setor que podem gerar até diminuição de postos de trabalho, haverá diminuição na produção de carne de frango. O preço do milho registrou aumento de aproximadamente 99,5% e o farelo de soja registrou aumento na faixa de 110% nos últimos 12 meses”, informaram.

Analistas do setor avaliam que uma diminuição de no mínimo 10% na produção avícola será necessária.

Estamos avaliando a situação do mercado de carne de frango e a reposição de custos na faixa de 20% a 25% nos próximos dias será de extrema necessidade”, diz Eduardo Santos, Presidente Executivo da Asgav/Sipargs.

A situação do elevado custo de produção vem da expressiva demanda de grãos para o mercado externo, variação cambial e impactos da pandemia em diversas áreas da economia.

A mesma situação do RS, segundo as entidades, é similar ao que avalia a Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA em recente comunicado, onde informa que uma redução de produção de carne de frango na faixa de 10% resultará numa diminuição de 1,4 milhão de toneladas de milho até meados do próximo ano.

Os números avaliados por especialistas da área embasaram as decisões do setor avícola.

Preço do milho

O preço do milho bateu um recorde histórico no Brasil, com a cotação atingindo 81,48 reais por saca de 60 kg na terça-feira, o que apagou máxima anterior de 2007, de acordo com indicador referencial do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

No acumulado de outubro, o milho registra alta de 28,05%, segundo o Cepea, que citou em análise recente a retração de vendedores e a elevação dos valores nos portos de exportação diante da boa demanda como fatores para o avanço da cotação, além do aquecido consumo doméstico.

No acumulado de 12 meses, o milho praticamente dobrou de preço, conforme o indicador, que mede negócios do produto posto na região de Campinas (SP).

O recorde anterior, considerando a inflação do período, havia sido registrado em 30 de novembro de 2007, ficando alguns centavos abaixo do valor de terça-feira.

Segundo o Cepea, o mercado também está preocupado com os impactos da seca para a safra de verão, que está sendo plantada, e por isso aqueles que têm milho estão segurando as vendas.

A alta na cotação tem pressionado produtores de aves e suínos e a indústria de carnes, uma vez que o milho é o principal componente da ração.

“Muitos compradores já demostram dificuldades em encontrar novos lotes de milho no spot e também indicam ter margens comprometidas diante do atual preço”, comentou o Cepea.

Diante disso, em meados deste mês, o governo anunciou a suspensão temporária das tarifas de importação de milho e soja para compras de fora do Mercosul.

“Contudo, ao avaliarem a viabilidade das importações (fora do Mercosul), demandantes se esbarram nas dificuldades logísticas e no dólar elevado”, disse o Cepea.

Eventuais compras com isenção de tarifa poderiam ser feitas nos Estados Unidos, segundo especialistas. O Brasil tem lidado com preços recordes de diversos produtos agrícolas, incluindo o arroz e a arroba bovina. O dólar forte frente ao real, além da boa demanda pelos produtos, está colaborando para impulsionar as cotações. As informações são da Asgav e da agência de notícias Reuters.

 

 

 

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