Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de dezembro de 2018
O presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn, disse que o País vive um momento de crescimento econômico – lento e gradual, mas de crescimento – e deve o fechar o ano com expansão de 1,4% no PIB (Produto Interno Bruto). De acordo com Goldfajn, no próximo ano, o PIB poderá chegar 2,4% no próximo ano.
Ao participar do seminário Reavaliação do Risco Brasil, promovido pela FGV (Fundação Getulio Vargas), Goldfajn ressaltou que a inflação está sob controle e deverá fechar este ano em 3,94% e que a taxa básica de juros da economia, a Selic, vem-se mantendo no patamar histórico de 6,5%.
Goldfajn ressaltou o fato de que este cenário foi atingido em momento em que o mundo, e o próprio Brasil, viveu momentos de turbulência. “Eu diria que há três grandes fenômenos [a se destacar]. Em primeiro lugar, a consolidação da inflação em torno das metas. Uma vez a inflação consolidada, e as expectativas ancoradas, nós este ano tivemos a satisfação de manter a taxa de juros básica mínima histórica, que é os 6,5% [ao ano].”
“Isso ocorre em um ano em que tivemos um desafio relativamente importante, com uma conjuntura externa mais difícil e um cenário interno também mais turbulento. E, dado isso, a inflação na meta e taxa de juros histórica, nós temos hoje uma recuperação. Ela é gradual, mas é consistente – já temos sete trimestres de crescimentos positivos”, enfatizou Goldfajn.
Ao falar sobre a inflação, o presidente do Banco Central lembrou que, em 2015, a taxa estava em torno de 10,6%, vindo a cair para 6,29% no final de 2016, até fechar o ano passado em 2,95% – abaixo da meta em fixada pelo próprio BC e devendo encerrar 2019 em 4,12%, ligeiramente abaixo da meta de 4,25%.
“Começar o ano de 2018 com a inflação abaixo da meta se provou útil porque este foi um ano em que enfrentamos muitos desafios. Tivemos um choque externo relevante, um ambiente desafiador para economias emergentes. Houve depreciação da moeda de todas as economias emergentes. Desde as mais até as menos vulneráveis: eu diria em torno de 10%”, acrescentou.
Porto Alegre
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal), calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas), desacelerou em Porto Alegre e nas outras seis capitais pesquisadas na quarta semana de novembro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (04).
Na Capital gaúcha, a inflação para o consumidor registrou variação de 0% no período. O resultado foi 0,13 ponto percentual inferior ao registrado na terceira semana de novembro. Nesta apuração, seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos Transportes e Vestuário, cujas taxas passaram de 0,36% para -0,18% e de 0,42% para 0,02%, respectivamente.
O IPC-S também registrou queda em Salvador, de 0,16% para -0,29%; Brasília, de 0,03% para -0,43%; Belo Horizonte, de 0,07% para -0,04%; Recife, de -0,20% para -0,23%; Rio de Janeiro, de 0,09% para 0,08%; e São Paulo, de 0% para -0,36%.