Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de julho de 2018
A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) aumentou em quatro das sete capitais pesquisadas, entre elas Porto Alegre, na quarta semana de junho, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (03) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Na Capital gaúcha, a inflação para o consumidor registrou variação de 1,20% na última semana de junho. O resultado foi 0,11 ponto percentual superior ao divulgado na semana anterior. Nesta apuração, três das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram aceleração em suas taxas de variação, entre as quais se destacam os grupos Habitação e Educação, Leitura e Recreação, cujas taxas passaram de 1,27% para 2,01% e de -0,38% para 0,19%, respectivamente.
O IPC-S também aumentou em Salvador (0,86% para 0,97%), Brasília (1,27% para 1,36%) e Recife (1,09% para 1,14%). O índice desacelerou em Belo Horizonte (1,59% para 1,58%), Rio de Janeiro (1,33% para 1,26%) e São Paulo (1,10% para 1,06%).
IPCA
Pela sétima semana consecutiva, os analistas do mercado financeiro elevaram a previsão para este ano da inflação oficial do País, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Dessa vez, a estimativa passou de 4% para 4,03%, segundo o Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (02) pelo BC (Banco Central). Para 2019, os economistas mantiveram a previsão de inflação em 4,1%. Para 2020 e 2021, o índice ficou em 4%.
Depois de reduzir a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) por oito semanas consecutivas, os analistas mantiveram a expectativa de que a economia nacional vai crescer 1,55% em 2018. Há um mês, a estimativa de crescimento da economia para este ano estava em 2,18%. Para 2019, a expectativa do mercado para a expansão da economia recuou de 2,60% para 2,50% – a quarta redução seguida. Para 2020 e para 2021, a previsão de é que a economia cresça 2,5%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no País. As previsões econômicas para 2018 pioraram principalmente após a greve dos caminhoneiros.
A avaliação do mercado é de que a greve vai impactar tanto no crescimento econômico quanto na inflação. Nos dias de greve e nos dias seguintes, o País sofreu com o desabastecimento e com a alta no preço de vários produtos como combustível, gás de cozinha e alimentos. Na semana passada, o BC reduziu a sua previsão oficial de crescimento da economia em 2018 de 2,6% para 1,6%.
Os analistas do mercado financeiro também mantiveram em 6,50% ao ano sua previsão para a Selic (taxa básica de juros da economia) ao final de 2018. Com isso, o mercado estima que a taxa de juros fique estável no atual patamar de 6,50% ao ano até o fechamento deste ano. Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano.