Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2019
O IPC-S (Índice de Preço ao Consumidor – Semanal) subiu 0,53%, 0,04 ponto percentual abaixo da taxa registrada na última divulgação. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (08) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para a desaceleração do índice partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (3,13% para 1,73%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 5,79% para 4,10%.
Também registrou decréscimo em sua taxa de variação o grupo Vestuário (-0,64% para -0,85%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item: roupas, cuja taxa passou de -0,83% para -1,06%.
Em contrapartida, os grupos Comunicação (0,20% para 0,53%), Transportes (0,02% para 0,32%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,27% para 0,33%), Alimentação (0,73% para 0,77%) e Despesas Diversas (0,30% para 0,32%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação.
Nestas classes de despesa vale citar os itens: pacotes de telefonia fixa e internet (0,91% para 2,32%), tarifa de ônibus urbano (2,86% para 3,32%), serviços de cuidados pessoais (0,17% para 0,28%), feijão carioca (16,12% para 21,88%) e serviço religioso e funerário (0,39% para 0,61%).
O grupo Habitação repetiu a taxa de variação de 0,43%, registrada na última apuração. As principais influências partiram dos itens: eletrodomésticos e equipamentos (-0,24% para 0,30%), em sentido ascendente, e taxa de água e esgoto residencial (0,88% para 0,48%), em sentido descendente.
Inflação
Os economistas do mercado financeiro passaram a prever que a inflação ficará abaixo de 4% em 2019, ao mesmo tempo em que deixaram de estimar aumento dos juros básicos da economia, fixados pelo BC (Banco Central), no decorrer deste ano.
As previsões constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório Focus, divulgado na segunda-feira (04) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
Para 2019, os analistas das instituições financeiras diminuíram a expectativa de inflação de 4% para 3,94%. Foi a terceira queda seguida desse indicador. A meta central deste ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2020, o mercado financeiro manteve em 4% sua estimativa de inflação – em linha com a meta central, que também é de 4% para o próximo ano. No ano que vem, a meta terá sido oficialmente cumprida se a inflação oscilar entre 2,5% e 5,5%.