O anúncio ocorre dias após Alemanha, França e Reino Unido anunciarem lockdowns para frear a nova onda de contágio que se espalha pelo continente.
O decreto também prevê outras medidas, como bloqueios locais. Para isso, o país foi dividido em três áreas: zonas vermelhas, laranjas e verdes.
Nas zonas vermelhas, as pessoas só poderão sair para trabalhar, levar as crianças para a escola ou por motivos de saúde.
As restrições mais rígidas incluem a proibição de entrar e sair da região afetada por ao menos duas semanas e o fechamento de todas as lojas, exceto as de itens essenciais como alimentos.
Uma das áreas afetadas deverá ser a região da Lombardia, cuja capital financeira é Milão e já foi a mais atingida pela primeira onda da pandemia.
Portugal
A maior parte de Portugal entrou em um novo confinamento nesta quarta (4) para tentar frear a segunda onda de covid-19. As regras são mais flexíveis do que no início do ano, mas o governo ainda pode impor medidas mais rígidas para conter a propagação do vírus.
O novo confinamento vai durar pelo menos duas semanas. Ele foi anunciado no sábado (31) pelo primeiro-ministro António Costa e inclui 121 das 308 áreas do país, ou seja, 70% de uma população de quase 10 milhões de habitantes.
Ao contrário do confinamento na primavera (hemisfério norte), as escolas permanecerão abertas. Estabelecimentos comerciais e restaurantes devem fechar mais cedo, assim como centros culturais.
Costa defendeu na última segunda-feira (2) a declaração do estado de emergência de saúde, que será aprovado pelo Parlamento nos próximos dias, “para resolver as dúvidas jurídicas” que podem ser provocadas pelas medidas restritivas.
O Executivo deseja garantir que, do ponto de vista legal, pode limitar a liberdade de circulação das pessoas, como por exemplo instaurar um toque de recolher durante o fim de semana.
Como outros países europeus, Portugal está vivendo um aceleração da epidemia de coronavírus, que supera a primeira onda em número de contágios diários e de pessoas hospitalizadas.