Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de março de 2020
A Itália terá novas medidas para conter o novo coronavírus, anunciou o primeiro-ministro Giuseppe Conte nesta quarta-feira (11). Entre elas, estão o fechamento de serviços considerados não essenciais.
O governo italiano estabeleceu as seguintes medidas, que entram em vigor nesta quinta (12) e se estendem até 25 de março:
Todo o comércio, exceto farmácias e mercados que vendem alimentos, deve ficar fechado;
Estabelecimentos que não puderem garantir um metro de distância entre clientes não poderão abrir. Com isso, bares e salões de beleza ficarão fechados;
Entregas de refeições em domicílio estão mantidas, desde que passem por regras sanitárias muito rígidas;
Serviço de transporte continua em funcionamento, assim como bancos, correios e seguradoras;
Fábricas podem funcionar, desde que garantam condições de segurança. Setor agropecuário manterá atividades.
Conte afirmou, ainda, que os italianos não precisarão correr aos supermercados para comprar alimentos — estabelecimentos do tipo continuarão abertos. Imagens de prateleiras vazias foram vistas na Itália e em outros países em meio à crise gerada pelo novo coronavírus.
Nesta quarta, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de novo coronavírus. Segundo o órgão, o número de pacientes infectados, de mortes e de países atingidos deve aumentar nos próximos dias e semanas. Apesar disso, os diretores ressaltaram que a declaração não muda as orientações, e que os governos devem manter o foco na contenção da circulação do vírus.
As novas medidas foram anunciadas dois dias depois de o governo da Itália estabelecer restrições à circulação em todo o País.
Ao anunciar as medidas, Conte afirmou que os efeitos das medidas de contenção devem aparecer nas próximas duas semanas. O premiê italiano ressaltou que o aumento no total de casos não necessariamente levará a tomada de decisões ainda mais duras.
O termo pandemia se refere ao momento em que uma doença já está espalhada por diversos continentes com transmissão sustentada entre as pessoas.
Nesta quarta, o portal G1 mostrou que cresceu o ritmo de disseminação do vírus e que metade dos países atingidos registraram os primeiros casos de Covid-19 nos últimos dez dias.
Nas últimas duas semanas, segundo a OMS, o número de casos fora da China aumentou 13 vezes e o número de países afetados triplicou. São mais de 118 mil casos ao redor do mundo e 4.291 mortes.