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A Itália registrou um novo recorde de casos diários de coronavírus, com mais de 10 mil infecções em 24 horas

Quantidade de pessoas contaminadas em unidades de tratamento intensivo vem aumentando continuamente no país. (Foto: Reprodução)

A Itália registrou 10.010 novas infecções por coronavírus em 24 horas, informou o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (16), o que representa a maior contagem diária desde o início do surto no país e acima do recorde anterior de 8.804 casos informado na véspera.

O ministério também relatou 55 mortes relacionadas ao coronavírus, contra 83 no dia anterior e muito menos do que no auge da pandemia na Itália em março e abril, quando houve um pico de mais de 900 mortes registradas em 24 horas.

O número de pacientes de coronavírus internados em unidades de cuidados intensivos continuou a aumentar, chegando a 638 na sexta-feira, ante 586 na quinta-feira, em comparação com uma mínima de cerca de 40 na segunda quinzena de julho.

A Itália foi o primeiro país da Europa a ser atingido duramente pela Covid-19 e tem o segundo maior número de mortos no continente, atrás apenas do Reino Unido, com 36.427 mortes desde o início do surto em fevereiro, de acordo com dados oficiais.

O número de testes realizados em 24 horas caiu para 150.377, do recorde de 162.932 registrado na quinta-feira.

O governo italiano impôs na terça-feira novas restrições a reuniões, restaurantes, esportes e atividades escolares, em uma tentativa de diminuir o aumento de infecções.

No entanto, alguns especialistas disseram que as medidas foram muito limitadas e alguns líderes locais, desde então, anunciaram ações mais agressivas para suas regiões.

O chefe da Lombardia, no norte, a região mais atingida na Itália, disse nesta sexta-feira que revisaria o horário de funcionamento de bares e restaurantes e fecharia centros de jogos e salas de bingo. Ele também pediu às universidades que voltassem ao ensino a distância.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, descartou a volta de um lockdown nacional, mas ministros do governo podem se reunir no fim de semana para discutir o aperto das restrições atuais, disse uma fonte.

União Europeia

O coronavírus interrompeu a cúpula dos líderes da União Europeia, apenas a terceira reunião presencial entre os líderes do bloco desde o início da pandemia, com a presidente-executiva da UE e a primeira-ministra da Finlândia desistindo depois de terem tido contato com pessoas que testaram positivo para a doença.

Um diplomata da UE disse que o encontro desta semana provavelmente será “a última reunião física de líderes da UE por um tempo”, já que a segunda onda de Covid-19 traz infecções diárias recordes e força os governos a adotar restrições novamente.

A economia da Europa está na pior recessão de todos os tempos depois que os lockdowns decretados no primeiro semestre atingiram as viagens e o turismo, e, com os líderes ainda lutando para chegar a um acordo sobre uma abordagem comum para enfrentar a pandemia, as empresas estão novamente preocupadas com seu futuro.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixou abruptamente a cúpula de dois dias menos de uma hora depois do começo do encontro na quinta-feira, seguida pela premiê finlandesa, Sanna Marin, nesta sexta-feira.

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, também não estava presente, pois se isolara em Varsóvia antes mesmo das negociações, nas quais os líderes usavam máscaras faciais.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse ao chegar a Bruxelas que a cúpula “deveria ser realizada por videoconferência… em vez de uma reunião física”.

Os líderes concordaram em realizar videochamadas para coordenar medidas de combate à pandemia entre os 27 países do bloco. As informações são da agência de notícias Reuters.

 

 

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