Quinta-feira, 02 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de junho de 2020
A Itália vai prorrogar até o fim do mês de junho a pesquisa nacional para verificar o nível de imunização dos cidadãos ao novo coronavírus (Sars-CoV-2), anunciou o vice-presidente da Cruz Vermelha, Rosario Valastro. A ampliação foi adotada por conta da baixa adesão “inesperada” dos cidadãos.
“Honestamente, esperávamos mais adesão. Até porque houve uma grande mobilização popular com a vontade de se submeter aos testes e análises para se sentir seguro”, disse Valastro à emissora “Radio 1”, nesta segunda-feira (8).
Sobre os motivos que fizeram as pessoas desistirem de participar do projeto, estão tanto as notícias falsas sobre a ação como uma confusão sobre a eficiência dos testes que estavam disponíveis no mercado, que geraram dúvidas em muitos italianos sobre a eficácia do estudo.
“Nós pagamos o preço pelo aprimoramento das fake news nas redes sociais, e uma presença excessiva na variedade dos testes, alguns dos quais foram depois retirados do comércio. Mas, os nossos testes atuais são os mais seguros. Também por conta de uma informação não completa do momento em que a campanha foi iniciada sobre a investigação epidemiológica”, ressaltou um dos líderes da Cruz Vermelha.
Valastro relatou que a adesão começou a crescer depois que telefonemas sobre o funcionamento do estudo foram feitos para os moradores – complementando a campanha de SMS enviados para os celulares dos cidadãos.
“O apelo que fazemos é para que todos que receberam o SMS de pré-alerta: quando receberem o telefonema, saibam que não se trata de publicidade ou de qualquer outra coisa, se trata de um fato relevante em uma estrutura credenciada. Em 15 dias, serão enviados os resultados sobre a presença dos anticorpos”, acrescentou.
O estudo foi iniciado no dia 25 de maio e tem o objetivo de realizar testes sorológicos com 150 mil pessoas distribuídas por dois mil municípios italianos. Os exames conseguem identificar se a pessoa foi exposta ao vírus – mesmo que não tenha desenvolvido nenhum sintoma. O projeto, que está tendo a coleta das equipes da Cruz Vermelha, é realizado pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Istat). A ideia é que ele consiga guiar as políticas públicas para a contenção da pandemia.
Até esta segunda-feira (8), o país tinha mais de 235 mil casos confirmados da Covid-19 e quase 34 mil mortes.