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Geral “A Justiça francesa não é séria”, diz pai de vítima após absolvição de Airbus e Air France pelo acidente com o voo 447, que saiu do Rio de Janeiro

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Resgate dos destroços do acidente com o voo AF-447 da Air France; avião caiu no mar em 2009, matando as 228 pessoas a bordo. (Foto: Reprodução)

Após a absolvição da Air France e da Airbus no acidente que matou 228 pessoas pela Justiça francesa, o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas do Voo 447 e pai de um dos 58 brasileiros mortos, Nelson Faria Marinho, criticou a decisão dos juízes, proferida na segunda-feira. A companhia aérea e a fabricante da aeronave enfrentavam a acusação de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No julgamento em Paris, o tribunal considerou que, apesar de cometerem “falhas”, não se “pôde demostrar (…) nenhuma relação de causalidade segura” com o acidente.

O acidente do voo AF447 Rio-Paris em junho de 2009, deixou 228 pessoas mortas. A bordo do avião, um A330, estavam passageiros de 33 nacionalidades.

O processo sobre o voo havia sido arquivado em 2019, mas foi reaberto em 2021, depois de intensa mobilização das famílias das vítimas.

“Eu estou indignado com a atitude desses juízes. Essa tragédia arrasou muitas famílias. Não dá para traduzir em palavras o que estou sentindo hoje. Eu perdi pai, mãe, irmãos. Mas perder um filho é diferente. É uma dor que vai se arrastar para o resto da minha vida”, desabafou Nelson.

Foram nove semanas de audiências, encerradas em 7 de dezembro do ano passado. Em outubro, em entrevista ao jornal O Globo, Nelson já havia previsto um desfecho desfavorável às famílias das vítimas da tragédia, ao dizer que não acreditava na Justiça francesa. Nesta segunda-feira, ele confirmou a descrença.

“Quero devolver a história de que o Brasil não é sério. A França não é séria. A Justiça francesa não é séria, não é imparcial. Se fosse, teria deixado esse avião em solo. Ninguém está conformado com essa decisão. Se você pegar a cronologia das tragédias que têm ocorrido em relação a aviões da França, você vai ver que todas as decisões foram favoráveis à França, ao fabricante, e desfavorável ao piloto e aos passageiros”, pontua Nelson.

O filho dele era Nelson Marinho, de 40 anos, que seguia para Angola, onde trabalhava em uma plataforma de petróleo, e faria a conexão em Paris. O pai relembra a tempestade no Oceano Atlântico que afetou alguns voos no dia do acidente.

“No dia da tragédia, todos os voos desviaram, só o da Air France foi em frente e entrou na tempestade. Eles falam que foi problema no sensor de velocidade, das sondas Pitot, mas antes delas o radar não detectou a tempestade. Foi o primeiro a falhar. Esse avião A-330 estava com defeito e caiu de 10 mil metros de altura em três minutos. O piloto não tinha nada a ver. No ano passado, eu almocei com 80 pilotos de países diferentes. Todos disseram que quando esse avião tem defeito, ele vai para o chão, não tem o que fazer. Mesmo assim, deixaram decolar. É o capital à frente da vida humana”, conclui. As informações são do jornal O Globo.

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