Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de fevereiro de 2019
A decisão atendeu ao pedido conjunto de sindicatos de trabalhadores, incluindo o dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, de Araraquara e Américo Brasiliense, de Botucatu e Região e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Procurada, a Embraer informou que “buscará os recursos cabíveis para manter a realização da AGE (assembleia) na data para a qual os acionistas foram convocados.”
A decisão atendeu ao pedido conjunto de sindicatos de trabalhadores, incluindo o dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, de Araraquara e Américo Brasiliense, de Botucatu e Região e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos.
Empresa resultante
A NewCo, empresa que vai surgir a partir da venda da divisão de aviação comercial da Embraer para a Boeing, vai poder competir diretamente com a produção de jatos executivos da fatia brasileira da Embraer que ficou de fora do negócio.
A possibilidade de concorrência está prevista no documento que será levado para a aprovação de acionistas em assembleia na próxima terça-feira (26).
O trecho do texto que abre espaço para a competição direta no mercado de aviões de menor porte gerou ruído entre acionistas nas últimas semanas.
A associação de minoritários Abradin diz ter sido informada tardiamente sobre o assunto.
“Esse material só foi disponibilizado no final de janeiro, num calhamaço enorme, para ninguém saber de nada. Eles fazem de tudo para que acionistas e governo não tenham conhecimento do teor das negociações”, diz Aurélio Valporto, presidente da Abradin.
A Embraer afirma que “vem mantendo o mercado consistentemente informado das tratativas e evoluções relativas à transação com a Boeing, cumprindo com todas as normas referentes à divulgação de informações”.
De acordo com um dos parágrafos do documento, a empresa resultante da transação — controlada pela Boeing — poderá incorporar propriedade intelectual da Embraer no lançamento de aeronaves civis de até 50 assentos, desde que tente negociar algum acordo para que a Embraer seja parceira preferencial no projeto.
Mas, se não chegarem a um acordo, a NewCo ficará livre para lançar o avião sozinha ou com outros parceiros. Os jatos executivos se encaixam na categoria de até 50 lugares.
O acordo Boeing/Embraer noticiado desde o ano passado destacou que o braço de aviação executiva da Embraer ficaria preservado no que restará da brasileira.
Do negócio saem duas empresas: a fabricante de aeronaves comerciais NewCo, da qual a Boeing possuirá 80%, e a joint-venture para o KC-390, em que Embraer ficará com 51% e a Boeing, 49%.
A Embraer SA permanece com seus braços de aviação executiva, defesa e serviços.