O pré-candidato do Podemos à Presidência da República, Sérgio Moro, voltou a defender, neste domingo (20), a Lava-Jato. Segundo ele, a operação “buscou acabar com o privilégio de roubar e não ser punido”.
“A corrupção mata ao desviar dinheiro do combate a desmoronamentos e enchentes, provocando a tragédia de milhares. A Lava-Jato buscou acabar com o privilégio de roubar e não ser punido. Nosso projeto é o único que vai retomar essa luta”, afirmou Moro nas redes sociais ao comentar desvios de dinheiro na Secretaria Estadual de Obras do Rio de Janeiro.
Polícia Federal
Na quarta-feira (16), Moro rebateu críticas feitas pela PF (Polícia Federal), que o acusou de mentir em “descabidos ataques” à corporação. Ele disse que a PF não prende “grandes tubarões” por crimes de corrupção.
“Não é só uma questão de quantidade, mas de quem está sendo preso. Prendeu o bagrinho da corrupção? Isso sempre teve. Prendeu lá um funcionário público que cobrou propina para conceder uma licença, um guarda que deixa de aplicar uma multa? Isso tem. Agora, grande corrupção, os grandes tubarões. Não está tendo prisão nenhuma. A gente não ouve falar nada sobre isso”, afirmou o ex-juiz em entrevista a uma rádio de Aracaju (SE).
A troca de farpas pública começou quando Moro, em outra entrevista, disse que, se as instituições do País tiverem autonomia, “muita coisa vai aparecer”, referindo-se a supostos casos de corrupção no governo. Moro questionou se a PF estaria cumprindo o seu papel de investigar.
A corporação emitiu uma nota acusando Moro de fazer “descabidos ataques” e mentir quando diz que “hoje não tem ninguém no Brasil sendo investigado e preso por grande corrupção”.