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Colunistas A mãe das mães

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(Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Mãe é colo. É acolhimento. É, sobretudo, nutrição. Não por acaso é identificada com Deméter, a deusa da agricultura. A história vem da mitologia grega. Perséfone encantava a todos pela alegria e beleza. Era filha de Zeus, o deus dos deuses, e de da senhora das colheitas.

Um dia, a garota veio à Terra dar uma voltinha. Hades, o senhor dos mortos, a viu. Apaixonou-se na hora. Então, sem mais nem menos, o chão se abriu e engoliu a mocinha. Antes de desaparecer, ela soltou um grito desesperado. A mãe ouviu.

Greve

Deméter procurou a filha durante nove dias e nove noites. Não a encontrou. Inconformada, consultou Hélio, o sol, que tudo vê. Ele sentiu pena da mãe. Falou-lhe do rapto. Ela se indignou. Disse que não voltaria ao Olimpo sem a filha, nem faria o que sempre fez — alimentar os mortais. Faltou comida. Os seres vivos passaram fome.

Acordo

Hermes, mensageiro de Zeus, prometeu trazer Perséfone de volta. Com uma condição: que ela não tivesse provado o alimento dos mortos. A moça voltou. Mas ficou pouco tempo. Ela havia comido três sementes de romã. Hades a levou de volta.

Zeus arranjou uma saída. Todos os anos, Perséfone fica com a mãe durante nove meses. A Terra festeja com a primavera, o verão e o outono. Nos outros três, fica com o marido. Nesse período, a Terra se cobre de gelo. Os grãos não crescem. É o inverno.

Pãe e mai

O mundo mudou. As famílias também. Mãe assumiu o papel de pai, e pai o de mãe. A língua foi atrás. Criou vocábulos que traduzem a realidade. Ele é pãe. Ela, mai.

Sabedoria judaica

“Só existem duas opiniões: a da mãe e a errada.”

A substituta

Na origem, madrinha é diminutivo de mãe. Quer dizer mãezinha. Daí o peso da responsabilidade. Ela é a substituta da mãezona. É por isso que a pessoa, em relação à madrinha, chama-se afilhada, isto é, adotada como filha. E a mãe, em relação à madrinha do filho, é comadre: mãe com a outra mãe.

A megera

Madrasta e madrinha têm a mesma origem — a latina mater, que significa mãe. Mas as duas trilharam caminhos diferentes. A primeira, que quer dizer “outra mulher do pai”, tornou-se sinônimo de bruxa malvada. A segunda é a mãezinha.

A mandona

Matriarca rima com monarca e patriarca. Onde o greguinho –arca aparece, dá um recado. Significa “que comanda”. Em matriarca, a mandona é a mãe. Em patriarca, o pai. Em monarca, uma única pessoa — o rei.

Leitor pergunta

Covid-19 se escreve com inicial maiúscula ou minúscula? – Hugo Sá, São Luís.

Covid joga no time de aids. Elas nasceram siglas. Escreviam-se com a letra inicial maiúscula. Viraram nome de doença como gripe, câncer, hepatite. Substantivos comuns, grafam-se com letras mixurucas: aids, covid-19.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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https://www.osul.com.br/a-mae-das-maes/ A mãe das mães 2020-05-09
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