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Por Redação O Sul | 11 de outubro de 2018
Em uma disputa polarizada no segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), boa parte dos eleitores brasileiros se mostra indiferente em relação a hipotéticos apoios dos candidatos derrotados no primeiro turno da eleição para a Presidência da República.
Pesquisa Datafolha divulgada na quarta-feira (10) mostra que, do total de eleitores, 72% se dizem indiferentes em relação a um possível apoio de Marina Silva (Rede) a qualquer um dos candidatos que seguem na disputa. Cenário semelhante se repete em relação a hipotético apoio de Geraldo Alckmin (PSDB), considerado irrelevante por 69% dos entrevistados. Um apoio de Ciro Gomes (PDT) também não teria influência para 63% dos eleitores.
Mesmo entre quem votou nesses candidatos derrotados no primeiro turno, os posicionamentos deles no segundo turno têm influência restrita. Quando a pergunta sobre o apoio de Ciro é direcionada aos que declararam voto no pedetista no primeiro turno, seus eleitores se dividem. Enquanto 48% deles consideram a possibilidade de optar pelo candidato que ele apoiar, 44% se dizem indiferentes.
Terceiro colocado no primeiro turno, com mais de 13 milhões de votos (12,47% do total), Ciro anunciou oposição completa a Bolsonaro e “apoio crítico” a Haddad. Entre os eleitores de Marina, 50% mostraram indiferença quanto à influência de um eventual apoio seu para definição do voto no segundo turno, enquanto 36% cogitariam votar em quem ela apoiar. A candidata da Rede, que recebeu pouco mais de 1 milhão de votos e ficou em oitavo, diz que “será oposição a qualquer governo” – em 2014, apoiou Aécio Neves (PSDB) contra Dilma Rousseff (PT).
Para os eleitores de Alckmin, apenas 29% disseram que poderiam votar em um candidato que o tucano viesse a apoiar no segundo turno. Alckmin declarou neutralidade. Os que se dizem indiferentes totalizam 57%. Na primeira pesquisa do Datafolha sobre o segundo turno das eleições presidenciais, Bolsonaro aparece com 58% dos votos válidos, enquanto o ex-prefeito paulistano conta com o apoio de 42% dos ouvidos.
O levantamento foi feito na quarta-feira com 3.235 entrevistas presenciais em 227 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-00214/2018.
Mulheres
A pesquisa Datafolha apontou ainda que os candidatos estão tecnicamente empatados entre o eleitorado feminino. Segundo o levantamento, 42% das mulheres declaram apoio a Bolsonaro, enquanto 39% delas dizem votar em Haddad. Os índices ficam em empate técnico considerando a margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre o eleitorado masculino, Bolsonaro é o mais apoiado. Enquanto 57% dos homens declaram voto no candidato do PSL, 33% deles afirmam votar em Haddad. Os índices dizem respeito aos votos totais, isto é, que levam em consideração os brancos, nulos e indecisos.