Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2018
A primeira pesquisa de intenções de voto para a Presidência da República após a conclusão do período das convenções partidárias (que confirmaram os candidatos e respectivas alianças) mantém o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) na liderança dos cenários eleitorais que não consideram o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há quatro meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme levantamento realizado pelo instituto Ipespe a pedido da XP Investimentos, Bolsonaro tem entre 19% e 23% das intenções de voto, dependendo da simulação de primeiro turno. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-08988/2018 e foi realizada por telefone com mil eleitores em todas as regiões do País, de 6 a 8 de agosto. A margem de erro é de até 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Bolsonaro também lidera na corrida espontânea, quando nomes de candidatos não são apresentados aos eleitores. Neste cenário, o parlamentar tem 17% das intenções de voto, tecnicamente empatado por Lula, que oscilou de 13% na semana passada para 15%. O líder petista corre riscos de ser impedido de participar da disputa em função da Lei da Ficha Limpa, que impede candidaturas de condenados em segunda instância.
Já os ex-governadores de São Paulo e do Ceará, Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), respectivamente, têm 3% cada, ao passo que o senador Álvaro Dias (Podemos) aparece com 2%. Brancos, nulos e indecisos somam 58% do eleitorado.
Em um dos cenários estimulados, Lula lidera com 31% das intenções de voto, seu maior patamar já registrado na pesquisa XP/Ipespe, iniciada em 15 de maio. Neste caso, o petista tem vantagem de 12 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, Bolsonaro, com 19%.
Em outro pelotão, aparecem tecnicamente empatados 4 candidatos: Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%; Marina Silva (Rede), com 8%; Ciro Gomes (PDT), com 6%; e Álvaro Dias (Podemos), com 5%. O grupo dos “não voto” soma 17% do eleitorado, menor percentual entre as simulações feitas.
Embora hoje esteja inelegível e enfrente dificuldades em conseguir ser autorizado a participar da disputa, o ex-presidente Lula tem potencial para transferir votos ao seu possível substituto, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, hoje vice em sua chapa e coordenador do programa de governo da candidatura.
Apenas a informação do apoio explícito de Lula faz com que Haddad salte de 3% das intenções de voto para 13%, na segunda posição da pesquisa — 8 pontos atrás de Bolsonaro. A pesquisa mostrou que a migração de votos do ex-presidente para o ex-prefeito salta de 10% para 36% quando é incluída a informação do apoio efetivo.
Já Geraldo Alckmin, candidato que contará com maior tempo no horário de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, manteve o patamar de 10% de intenções de voto em todos os cenários, exceto o que considera a candidatura de Lula, onde tem 9%. O tucano tem pelo menos 10 pontos percentuais a menos que Bolsonaro na corrida.
Marina Silva, por sua vez, manteve a segunda posição nas simulações sem candidato do PT e com Haddad candidato apoiado por Lula. A ex-senadora é afetada com melhor desempenho de uma candidatura petista, o que também se aplica a Ciro.
Segundo turno
Foram testadas sete situações de segundo turno. Em eventual disputa entre Alckmin e Haddad, o tucano venceria por 36% a 25%, com 41% de brancos, nulos e indecisos. A diferença chegou a ser de 16 pontos percentuais a favor do candidato do PSDB em três semanas.
Entre Lula e Bolsonaro, o petista aparece à frente com 41% contra 32% do parlamentar, acima do limite máximo de margem de erro de ambos, e com 26% de brancos, nulos e indecisos. Duas semanas atrás, a vantagem era de seis pontos (empate técnico).
Caso Bolsonaro e Alckmin se enfrentassem, haveria empate de 33% para cada, mesmo índice dos brancos, nulos e indecisos. Um uma disputa entre Marina Silva e Bolsonaro, o cenário também é de empate, com a ex-senadora numericamente à frente por 38% a 32%. Brancos, nulos e indecisos somam 30%.
Empate técnico também é observado na simulação de disputa entre Alckmin e Ciro, com o tucano numericamente à frente por 33% a 28%. Brancos, nulos e indecisos agora somam 40%.
Se Bolsonaro e Ciro se enfrentassem em uma disputa de segundo turno, o cenário também seria de empate técnico, como nas últimas oito semanas, com o parlamentar numericamente à frente, com 32% das intenções de voto contra 30% do pedetista. Brancos, nulos e indecisos somam 37%.
A pesquisa também simulou disputa de segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. Neste cenário, o parlamentar venceria por 37% a 29% das intenções de voto. O grupo dos não voto soma 34%.Rejeição aos candidatos.