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A Microsoft quer que paremos de usar senhas já em 2021

Cerca de 80% dos ataques cibernéticos são direcionados às credenciais. (Foto: Reprodução)

A Microsoft — tal como grandes outras empresas do mercado de tecnologia — está realmente interessada em acabar com as senhas. Esse objetivo pode parecer estranho à primeira vista, mas vamos lá: senhas são problemáticas. Cerca de 80% dos ataques cibernéticos são direcionados às nossas credenciais, já que, infelizmente, ainda tem muita gente usando combinações fracas demais. Isso sem contar com os vazamentos de dados.

Por isso, a companhia não mediu esforços para popularizar, ao longo de 2020, tecnologias e métodos alternativos de autenticação. Tivemos aprimoramentos no Windows Hello (que lhe permite se logar no Windows e em alguns websites compatíveis usando entradas biométricas), melhorias no Microsoft Authenticator e maior integração de diversos serviços com chaves físicas no padrão FIDO2.

Agora, para 2021, a companhia afirma que “tornar o acesso sem senha uma realidade para todos os nossos clientes em 2021”, destacando o quão importante é tornar os métodos alternativos supracitados mais acessíveis para a população em geral. Em um longo texto publicado no site oficial da marca, Alex Simons, vice-presidente corporativo do programa Microsoft Identity, compartilhou um pouco de sua visão sobre o assunto.

“Senhas são incômodas de se usar e apresentam riscos de segurança para usuários e organizações de todos os portes, com uma média de uma em cada 250 contas corporativas sendo comprometidas todo mês. Segundo o Gartner, 20% a 50% de todas as chamadas ao help desk são para redefinições de senha”, conta Alex, lembrando ainda que o cibercrime custa cerca de US$ 2,9 milhões à economia global a cada minuto.

“Nossa equipe tem trabalhado muito este ano para se juntar a esses parceiros e transformar as senhas em algo do passado. Junto com a nova UX e APIs para gerenciar chaves de segurança FIDO2, permitindo que os clientes desenvolvam soluções e ferramentas personalizadas, planejamos lançar um portal de registro convergente em 2021, onde todos os usuários podem gerenciar credenciais sem senha por meio do portal My Apps”, finaliza.

Escassez

Fabricantes de carros e dispositivos eletrônicos de TVs a smartphones estão alertando sobre uma escassez global de chips, o que está causando atrasos na produção conforme a demanda do consumidor se recupera da crise do coronavírus.

O problema tem várias causas, dizem executivos e analistas da indústria, incluindo a compra em massa da Huawei Technologies, um incêndio em uma fábrica de chips no Japão, paralisações causadas pelo coronavírus no Sudeste Asiático e uma greve na França.

Mais fundamentalmente, no entanto, tem havido pouco investimento em fábricas de chips de 8 polegadas pertencentes principalmente a empresas asiáticas, o que significa que elas têm lutado para aumentar a produção à medida que a demanda por telefones 5G, notebooks e carros aumentou mais rápido do que o esperado.

“Em toda a indústria de eletrônicos, estamos enfrentando uma escassez de componentes”, disse Donny Zhang, presidente-executivo da Sand and Wave, empresa que fornece as peças, que disse que enfrentou atrasos na obtenção de uma unidade de microcontrolador que era a chave para um fone de ouvido inteligente em que estava trabalhando.

“Originalmente, planejávamos concluir a produção em um mês, mas agora parece que precisaremos fazer isso em dois.”

Uma fonte de um fornecedora japonesa de componentes eletrônicos disse que estava vendo uma escassez de chips WiFi e Bluetooth e esperava atrasos de mais de 10 semanas.

A fornecedora holandesa de chips automotivos NXP Semiconductors disse aos clientes que deve elevar os preços de todos os produtos por causa de um “aumento significativo” nos custos de materiais e uma “severa escassez” de chips, informou a Reuters este mês.

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